Não tenho levado esse aspecto em consideração ao analisar empresas. Sou bastante cético a respeito. Explico meus motivos:
Mesmo que eu visite algumas lojas e não receba um serviço de qualidade isso não garante que o serviço de toda a empresa seja de qualidade ruim. É bem provável que o resultado de minha análise seja apenas fruto do acaso. Tomando como exemplo as lojas Renner que tem 500* lojas eu precisaria avaliar algumas centenas para reduzir o risco do acaso**. Tudo para analisar de algo subjetivo como qualidade de prestação de serviço.
A parte do case que se relaciona com business to business então eu não consigo nem chegar perto.
Avaliar o o movimento da loja ou da quantidade de produtos que a empresa vende tb tem alto risco de viés. Exemplo: “Sou sócio da empresa X mas na minha cidade todo mundo só compra o produto da empresa Y”. Novamente me explico:
O fato de uma empresa vender mais não significa que ela esteja lucrando mais. Ela pode ter até prejuízo. Isso acontece até com frequência no Brasil quando o empresário erra a precificação do produto por não considerar impostos ou amortização dos bens necessários para a produção gerando um lucro fictício sobre o produto. Fictício porque quando vem o imposto ou a necessidade de renovar maquinários o dinheiro some.
Enfim, não estou afirmando que essa análise do dia a dia é inadequada e não deveria ser feita. Mas eu não sinto que sou capaz de fazê-la sem alto risco de viés e acredito que por fim ela me faria sair precocemente de empresas em que a análise do dia a dia tenha sido ruim.
*dado obtido na página de relacionamento da empresa
**não fiz o cálculo para avaliar o tamanho da amostra necessário, mas com certeza é um número alto demais para se visitar. Acho que seria continha demais.