Fomos por outro caminho.
comentada em 01/03/2019 12:48

Lastimável !!

O fim da Gurgel tem que colocar na conta do Collor, enquanto lá fora a indústria recebe incentivos e subsídios, na época do Collor destruiram a indústria nacional em detrimento das montadoras estrangeiras e importações de veiculos quase sem imposto.

um país que não valoriza os inovadores...

O casamento com as montadoras é mais antigo que Collor. Começou com Getúlio e se consolidou com Kubitschek

@DonkeyJR longe de eu querer defender o Collor mas não acho que ele errou em abrir o mercado para os importados.

Se não fosse isto estaríamos andando até hoje de Fusca, Gol batedeira, Variant, Brasília entre outros aí.

Isso é bem polêmico. Tem um ótimo livro do Lélis Caldeira chamado "GURGEL, UM BRASILEIRO DE FIBRA", que conta e problematiza a trajetória do Gurgel. 

Da pra se dizer que era avançado demais pra época. O Brasil não sabe lhe dar com mentes revolucionárias. Mas também vamos considerar que era uma jeringonça feia da pohha. Imagina nos anos 70 com os possantes que existia, você sair com um treco desses.. Seria necessária muita mudança cultural e claro, o bom e velho incentivo estatal

@Guerrero_ O problema é que um país que não tem armas de dissuasão não tem peso em nenhuma negociação internacional, enquanto lá fora os estados subsidiam fortemente a indústria deles, ao mesmo tempo que taxam produtos importados, aqui ficam com esse fetiche de livre mercado que faz com que quase nenhuma indústria nacional consiga sobreviver e competir com as estrangeiras, se nossa moeda fosse o dolar seria menos mal,  mas a balança comercial que define o valor do real no longo prazo, se importarmos tudo a economia nacional vai para o buraco. A teoria do Misses é bonitinha mas na prática não funciona se todos os outros países forem protecionistas e intervencionistas, as potências todas são . No youtube tem a história da gurgel sob o ponto de vista do fundador, vale a pena assistir, o lobby internacional aliado aos nossos políticos vendidos impediram o crescimento dessa empresa.

O problema é que não funcionava igual aos de hoje. Então não tem nada de muito genial, era basicamente um produto inviável por não dispor de tecnologias fundamentais para o bom funcionamento. 

Mas o João Gurgel foi assassinado ?! 

Não foi assassinado. Estava com Alzheimer avançado quando morreu. O problema do Gurgel foram os carros mil. No início dos anos 90 ele estava com o projeto do cena (carro econômico nacional) e aí veio a lei dos populares com o Itamar Franco. Ele tinha investido muito em ferramental pra desenvolver o motor dele e ficou no prejuízo, pois não tinha como concorrer com o uno Mille e nem com o gol mil. Acompanhei meio de perto essa história, guardo com orgulho os catálogos dos carros da Gurgel.