Quando o mundo muda....
comentada em 22/01/2024 11:38

E no Brasil, com a CLT fazendo o empregado fixo custar 1,7 a 2,3 vezes o salário bruto, essa mudança vai vir bem rápido. O que é considerado emprego em muitos lugares do mundo, como alguém ganhando por hora para alguma tarefa, no Brasil não há nem como encaixar em emprego formal.

A vdd é uma só, nao podemos nos acomodar nunca! Quantos bilionarios ja quebraram por se acomodar. Sempre temos q procurar fazer mais! Nao quer dizer virar um paranoico do trabalho mas sim sempre tentar evoluir.

Semana que vem irei fazer parte do time que deu adeus a CLT, tô todo empolgado aqui vendo coisas do meu escritório.

@celtiberian

Em boa parte do mundo, há três figuras jurídicas bem distintas: empregado (employee), parassubordinado (worker) e autônomo (contractor). Aqui no Brasil só há empregado e autônomo e isso dificulta o enquadramento de várias situações que lá fora são normais.

@breune ri alto aqui com essa imagem

E os "especialistas" ficam colocando um viés negativo neste fato,isso é uma coisa muito bem-vinda

@oxe

Exato. Lá fora basicamente quem trabalha por tarefa ou hora de forma recorrente é horista, quem ganha por objetivo tem salário anual e não tem horas. E tem ampla liberdade de contratar terceiros para coisas específicas, o contractor que você citou.

pois é. a velha maneira de empregar acabou, mas tem gente achando que não se deve tirar o custo de se manter empregados.. a realidade bate na cara.  você vai ver a grita que vai ser pra tirar os encargos nessa reforma tributária. sistema S por exemplo.. o resultado esta aí.. a sociedade está achando uma maneira de produzir sem o vínculo empregatício

é tudo muito surreal no brasil e ridículo 
tem gente que ganha 50% do valor da remuneração em ticket refeição porque não incorpora ao salário e não gera encargos. só que não pode usar ticket refeição em supermercado. ou seja, se você quiser almoçar uma fruta não pode comprar no mercado tem que ir a uma lanchonete.. aí tem o vale transporte, o fgts.. um monte de burocracia só para dar nome ao dinheiro . e quem paga a conta ? o próprio trabalhador.. esse custo torna tudo mais caro e o país menos competitivo.

O problema é que para retirar estes encargos previdenciários da folha de pagamento a proposta é recriar o monstro da CPMF

É muito simples resolver esse rombo,é só não aprovar a reestruturação de cargos e salários da categoria militar

Eles tem que entrar na reforma como os demais,pau que bate em Chico bate em Francisco

Essa reforma tributária está mais para aumento de carga tributária disfarçada de reforma para manter privilégios específicos e injustificáveis

tem q ser assim mesmo

no brasil ainda se contrata frentista
e que eu saiba frentista tem como atribuição: abastecer, olhar oleo, calibrar etc

um dias desses 22:30hrs  num posto vazio dessa empresa ai que ta na bolsa eu enchi o tanque e pedi pro cara calibrar

resposta: não dá, to sozinho

posto vaziooooooooooooo

falei: ok, fechei o vidro e fui embora pensando que esse ai logo vai sentir o ferro entrar

Frentista só atrasa a vida. Muitos postos tem mais bombas que frentista, e os cabeça de amendoim não conseguem atender 2 carros ao mesmo tempo, colocam a bomba no automático e ficam com a mão ali ao invés de ir atender outro carro. Eu lembro do pouco tempo que teve o esquema de você mesmo abastecer e eu preferia muito mais que o sistema atual, sem nem falar em custos.

@celtiberian nem me fala...e quando os caras derramam gasolina no seu carro? Brilhante!

@igorcarvalho  um dia desses vi um do br derrubando litros numa TORO hahahaha

@Buber kkkkkkkk! Toro e gasolina não vão bem juntas...kkkkk

Frentista no Brasil só existe porque é lei desde 2000.

ONREVOG garante na caneta milhares de empregos mas onera o custo do combustível.

Eu acho que não tiraram ainda frentistas pq tem uma lei obrigando aos proprietários de postos contratar frentistas,se eu não me engano

@Guerrero_

não tinha visto seu comentário,mas o fato é que sempre alguém arca com as "bondades" dos políticos,adoram fazer cortesia com o chapeú alheio

@celtiberian me explica esse teu cálculo de a CLT fazer um empregado custar 1,7 a 2,3 vezes o salário bruto.

fundamenta por favor :)

Bem vindo ao manicombio tributário 

"nao quer dizer q quem tem emprego publico ou privado deve abandonar ou ficar histerico"
O @Bastter já perdeu a fé nos serumanos. hahahahaha

@renandp

Eu não entendi seu comentário, você desconhece o assunto ou está duvidando da informação? O que mencionei é amplamente conhecido, não há nenhuma controvérsia. Você pode consultar a CLT e fazer o cálculo, ou buscar calculadoras que o fazem. Ou contrate um funcionário e veja por si mesmo quanto custam os penduricalhos e impostos.

A faixa é de 1,7 a 2,3 pois varia de acordo com o tipo de cargo, setor, convenção coletiva da categoria, acordos, etc. Pode variar também o método de cálculo, o valor que mencionei é de desembolso direto, mas se você adicionar provisão de atestados, de rescisão, de processos pode passar de 2,3x em certos setores.

@celtiberian na verdade eu conheço do assunto. E o custo de um emprego na CLT é o custo 1.0.

Convencao coletiva é acordo entre patrão e empregado, não é CLT. E, feito o acordo, aquele salário bruto passa a ser 1.0.

Rescisão é o pagamento das verbas que já eram devidas (13o proporcional, férias proporcionais).

Atestado é falta justificada e o máximo que um empregado fica vinculado a atestado são 15 dias. Depois vai para o INSS. 

Quando falam que um empregado custa mais 1,5 etc, como vc está falando, geralmente estão falando de FGTS, contribuição previdenciária e outros... que nao são direitos da CLT.

Por isso te pedi pra fundamentar.
Senao vc só tá repetindo um mantra que ouviu em algum lugar.

Quando uma pessoa fala "CLT", normalmente ela está falando de toda a legislação trabalhista. A CLT é um proxy. Isso inclui as previsões constitucionais e diversas leis esparsas. Além disso, quando se fala de custo especificamente, é comum que se incluam parcelas de natureza tributária, como a CPP, que se agregam às parcelas trabalhistas para formar o custo total de empregar uma pessoa.

É difícil de avaliar o custo trabalhista exato porque algumas verbas são específicas de algumas categorias e há custos que variam muito com o estabelecimento (por exemplo, os que envolvem Saúde e Segurança do Trabalho). Mas, em geral, contando custo trabalhista direto e custo tributário direto decorrente do contrato de trabalho, temos por mês (considerar SC como salário contratual):

SC + 0.2*SC (CPP) + 0.01 a 0.03*SC (RAT/SAT - varia de 1 a 3%) + 0.08*SC (FGTS) + 0.5*0.08*SC (provisão de 40% do saldo de FGTS, com adicional de 10%, para caso de demissão por justa causa ou outra hipótese, como fechamento do estabelecimento) + 1/12*SC (13° salário mensalizado) + 1/12*SC (provisão de férias proporcionais, que também reflete o pagamento do salário de trabalhador temporário para fazer frente ao período de gozo) + 1/3*1/12*SC (provisão de adicional de férias mensalizado) + 1/12*1/12*SC (provisão de férias proporcionais para o trabalhador temporário) + 1/3*1/12*1/12*SC (provisão de adicional de férias proporcionais para trabalhador temporário) + 1/12*1/12*SC (provisão de décimo terceiro proporcional para trabalhador temporário)

Pelos meus cálculos, dá cerca de 1.54 a 1.56 vezes o salário bruto, a depender da alíquota de RAT/SAT aplicável. Mas ainda é preciso avaliar fatores como: adicional de insalubridade ou periculosidade, adicional noturno, PLR, vantagens estabelecidas em norma coletiva, etc. E há os custos indiretos, como os que envolvem SST.

Então o intervalo de 1.7 a 2.3 parece verossímil, sim. Dos quais cerca de 0.21 a 0.23 são de índole tributária.

Por outro lado, esse custo é condizente com a maior parte dos países civilizados. Praticamente todos os países reconhecem o direito a férias e muitos reconhecem o direito ao 13°, por exemplo.

O problema no Brasil não são os direitos trabalhistas por si sós. É que o salário-mínimo é muito elevado para a realidade brasileira, mas o poder de compra dele é minúsculo. Nosso PIB per capita é de cerca de R$ 2.700 por mês. O salário mínimo é de cerca de R$ 1.000 por mês e, com os demais custos tributários e trabalhistas, passa dos R$ 1.500 com toda a certeza. Isso representa cerca de 55% do PIB per capita (37% considerando apenas o salário-mínimo sem demais custos).

Para comparar, Portugal, que é um país com tradição muito forte em direitos sociais e com um salário-mínimo considerado elevado, teve PIB per capita de 1680 euros por mês ano passado (PIB per capita em dólar mensalizado e convertido em euros pela cotação de 31/12/2018). O salário-mínimo agora em 2019 é de 600 euros, o que dá 35% do PIB per capita (ignorando os demais custos porque não conheço a legislação de lá). Ou seja, supondo que os custos de lá sejam similares aos daqui, o salário-mínimo lá é até mais baixo que o daqui, em termos proporcionais. E lá se vive notoriamente bem com o salário-mínimo.

Ou seja, o problema do Brasil é, em uma palavra: pobreza. Não dá pra distribuir riqueza que não existe.

O caminho, na minha opinião, passa por dar mais valor ao salário-mínimo, ou seja, desonerar os tributos que incidem sobre o consumo, tornando os produtos mais baratos.

achamos um defensor da CLT 

@oxe que aula ein, parabéns!
Acrescento que um grande problema que enfrentamos é a nossa própria venda. O brasileiro se vende muito barato. Pega, por exemplo, aquela empresa vermelha que trabalha com carne, o salário médio de um desossador que trabalha no frigorífico no BR é de R$ 1.800,00. Na filial da Austrália, o mesmo desossador que faz o mesmo serviço não ganha menos que AUD$ 3.000,00. Por quê isso? Primeiro temos uma legislação lá que obriga o valor do salário mínimo maior (AUD$ 18.25 por hora se não me engano) enquanto aqui é muito menor e segundo porque se oferecerem o valor muito baixo, não contratam ninguém, o que não acontece por aqui. Aqui no BR se você quer um serviço você oferece pelo valor X (já abaixo do mercado) e vai lotar de gente querendo o emprego.

Uma coisa que eu aprendi a fazer é calcular os produtos de fora utilizando as horas trabalhadas necessárias para comprar o produto e não conversão direta. A discrepância fica muito maior. Começa pelo fato que nosso trabalho, em comparação aos USA de forma direta, entre os salários-base, já seria de menos de U$ 2,00 a hora, enquanto lá está por volta de U$ 9,00. A partir daí se faz a conversão de horas necessárias para comprar um mesmo produto e vê o estrago. É aqui que entra o que você falou, a desvalorização do nosso dinheiro (salário mínimo) em relação aos gastos básicos para se viver melhor.

Acabei de perceber que eu contei o salário do temporário e o mês de férias do empregado como uma coisa só, mas não são. O empregador paga tanto o salário do temporário quanto o mês de férias do empregado. Ou seja, tem que aumentar 1/12*SC ali na conta.

Fica de 1.62 a 1.64, a depender da alíquota de RAT/SAT. O que torna o intervalo de 1.7 a 2.3 ainda mais verossímil.

@renandp

Eu não vou entrar em detalhes jurídicos. Quando se fala em CLT se fala na contratação de um funcionário sujeito a esse regime. Não importa se algum custo obrigatório imposto goela abaixo venha de outra lei ou convenção coletiva (que não é acordo entre patrão e empregado: é acordo entre dois sindicatos que você é obrigado a aceitar, acordo em patrão e empregado seria assinado pelo PATRÃO e pelo EMPREGADO e mais ninguém, livre contrato igual em qualquer lugar do mundo, o que não temos no Brasil). O fato é o desembolso gerado.

O cálculo é: quantos reais obrigatórios terei de gastos totais com esse funcionário, para esse cargo e trabalho, em relação ao salário bruto mensal acordado anotado na carteira? O cálculo dá 1.7+, chegando a mais de 2x se botar todas provisões e dependendo do que consta em convenção. Essa é a realidade dos fatos. Você pode querer chamar isso de qualquer nome, tanto faz, não vai desfazer essa matemática nua e crua e se algum dia você tiver uma empresa e não calcular dessa forma o custo de mão-de-obra você vai quebrar, pura e simplesmente.

@oxe

Faltou vale-transporte, auxílio-creche, provisão para atestados (que lembre de cabeça), isso para todos. Em cima disso mas ainda obrigatório tem penduricalhos, é muito raro uma convenção coletiva que não adicione algum custo a mais. Abri uma convenção aleatória para exemplificar: estabelece auxílio-creche mais amplo, auxílio-funeral, quebra de caixa, etc.

Além disso se sua empresa vai crescendo vão vindo cada vez mais custos impostos que também poderia jogar nisso. Ex: você gostaria de ter 100 funcionários, os que você já tem escolhidos, mas tem 2 em SIPA estáveis encostados fazendo muito pouco e 2 com síndrome de down que só servem para picar papel para cumprir cota de PCD mais tantos menores aprendizes mas que você não pode botar para aprender algo de verdade na produção, pode jogar +3-5% em cima de tudo (a depender dos valores). "Quantos teria que demitir pra tirar a SIPA e a cota de PCD" é uma pergunta feita frequentemente por empresários para seu RH...

Às vezes a pessoa fica louca no jurídico.

Acontece com quem bitola muito numa área e não vê a floresta, muito comum em estudantes e profissionais do Direito.

Porque ignorar que legislação trabalhista onera os custos do salário é algo que nem político tem coragem de fazer mais.

Onde falei SIPA leia-se CIPA. Com S é a tal da SIPAT. Aliás, ta ai mais um custo absurdo imposto a empresas mesmo quando o risco é quase nulo. E mesmo nas que tem risco CIPA e SIPAT são piadas ridículas feitas para sindicalista se encostar, já participei de uma em indústria que tinha histórico de morte com rolo de aço 12ton caindo de ponte rolante em cima de alguém, mas os termos "aço" e "ponte rolante" não foram ouvidos na reunião, só tinha reclamação contra o "patrão" e pedindo "bife melhor" no refeitório, nenhum acidente foi "investigado" nem "prevenido" pela atuação da "comissão"... Para resolver isso era só cobrar que tenha seguro contra acidentes e doenças ocupacionais que a seguradora já cobraria em vistorias todas as coisas que são estatisticamente relevantes para reduzir risco, e não o amontoado de bobagens que são as NRs e portarias do ministério do trabalho (fiscal do MT chega lá formado em letras, não sabe o que é uma ponte rolante, mas quer multar um copinho sujo em cima do bebedor de água pq "ta na norma").

As NRs não são irrelevantes, não. Pelo contrário, em alguns aspectos elas são muito menos que o padrão internacional de SST. Os melhores engenheiros de segurança, em alguns tópicos (exemplo: iluminação; padrões ergonômicos; etc) nem usam a NR mais, vão direto para as normas internacionais ou para outras normas técnicas nacionais.

Aliás, o poder normativo das NRs decorre diretamente da Constituição da República (art. 7°, XXII) e de Convenções Internacionais (dentre várias, a Convenção n° 155, OIT). Existem regras nas NRs que, de fato, são procedimentais e que podem ser modificadas ou revogadas sem muita consequência. Outras são mero desdobramento técnico. Não importa se a NR 17 for revogada, por exemplo, uma cadeira inadequada ainda provocará problemas de saúde.

Revogar a NR não revoga a Medicina ou a Engenharia, o risco persiste e, portanto, a responsabilidade pela eliminação ou redução do risco também. Nessas situações, a NR na verdade aumenta a segurança jurídica porque dá um norte mínimo a todas as partes envolvidas.

Agora, defender as NRs (pelo menos essas regras técnicas) é bem diferente de defender qualquer excesso que os fiscais cometam. Também acho que o ideal seria que todos os fiscais que realizam inspeção tivessem formação em Engenharia de Segurança e/ou Medicina do Trabalho. E também acho que o enfoque do fiscal deveria ser primeiro a conscientização e só depois a punição (exceto em situações realmente graves).

Da mesma maneira, a CIPA é extremamente importante para a maioria das empresas porque é o elo que liga o setor técnico com o "chão de fábrica". Na maioria dos países há estruturas semelhantes, com papel educativo, de conscientização e de sugestão de mudanças. Agora, aqui no Brasil, como quase tudo, muitas vezes essa estrutura não funciona a contento.

Por exemplo, a NR 5 determina que a CIPA obrigatoriamente faça reunião extraordinária após acidente de trabalho grave ou fatal, para discutir o acidente (causas, riscos, prevenção, medidas de emergência, etc). Então essa situação que você citou é completamente ilegal, embora, tenho certeza, ocorra bastante por aí. Num país como a Alemanha, por exemplo, muito provavelmente essa infração não ocorreria, a CIPA faria o trabalho dela. Infelizmente, a estrutura que deveria fomentar a cultura de segurança na empresa nem sempre tem a cultura de segurança. Enfim...

@oxe

Incentivos importam. As NRs e portarias são governadas por burocracia (ou tecnocracia, se quiser), não por incentivos. Os burocratas que as editam não tem absolutamente nenhum "skin in the game", seja caso ocorra acidente nas omissões das normas, seja com os custos que estão impondo com artigos irrelevantes (que são inúmeros). Independente do resultado, nada acontecerá com as pessoas e com a organização em si (MT). A melhor forma de regular esse tipo de coisa é por quem tem skin in the game, uma das formas de fazer isso é via seguros.

Sobre o salário-mínimo, fiz uma pesquisa rápida aqui para verificar a situação dos EUA.

Lá há o salário-mínimo federal, atualmente em $ 7.25 por hora, e há pisos estaduais e/ou municipais. Em geral, as empresas devem pagar o maior piso, seja o federal, o estadual ou o municipal. A maioria dos Estados tem piso superior ao federal.

Usando o salário-mínimo federal como base e comparando com o número de horas de trabalho por mês convencionado no Brasil (220h, como regra geral), o salário-mínimo mensal nos EUA, para quem trabalhasse as 220h da jornada brasileira, seria de $ 1,595.

Como o PIB per capita dos EUA, mensalizado, é de $ 5,209.75 (valores de 2018), então o salário-mínimo mensal lá, para a mesma jornada daqui, seria de pouco menos de 31% do PIB per capita.

Não foge tanto assim da situação do Brasil e de Portugal (até porque na maioria dos Estados de lá o salário-mínimo é superior a isso). Por outro lado, lá há menos encargos trabalhistas obrigatórios, pois lá isso geralmente fica para negociação coletiva com os Unions (sindicatos).

Isso só reforça minha convicção de que não dá pra olhar esses indicadores isoladamente. O ideal seria existir um marcador que comparasse o poder de compra entregue ao trabalhador (referente ao salário-mínimo) com o custo total do trabalhador (para a empresa, considerando todos os encargos) em proporção à riqueza do país.

Dessa maneira, a política pública deveria tentar entregar o maior poder de compra possível com o menor custo proporcional à riqueza. O aumento do poder de compra pode vir da redução de encargos sobre o consumo ou do aumento do salário. A redução do custo em proporção à riqueza pode vir pela redução de encargos ou pelo aumento da riqueza do país.

Atualmente, a política tem focado apenas em aumentar salário, que parece ser a abordagem menos eficiente porque aumenta o custo trabalhista e, consequentemente, desincentiva a produção. A abordagem que mais positivamente impactaria esse marcador gerando o menor impacto para as partes envolvidas seria reduzir encargos sobre consumo (aumentando o poder de compra). Em seguida, reduzir a proporção entre custos e riqueza (o que poderia ser alcançado a médio prazo segurando os custos e deixando a riqueza crescer).

Somando as duas coisas, o trabalhador teria maior poder de compra e o empregador teria menor custo em termos relativos. Como o incentivo para a produção é inversamente proporcional aos custos em termos relativos à riqueza (dentre vários outros fatores, claro), a tendência seria de aumento da riqueza a médio prazo. Tudo isso em tese, claro.

O problema é o Estado querer abrir mão de tributar consumo...

@celtiberian

Sim, nisso concordo com você. A melhor forma de atacar o problema é via responsabilização direta e seguros são a maneira mais eficiente. Mas teria que ser um sistema bem amarrado de seguros, com responsabilidade imediata e ilimitada da seguradora. Do contrário, poderia haver incentivos a deixar de implementar as melhores práticas quando a chance de ser condenada fosse baixa ou quando os valores máximos fossem reduzidos.

Quanto à normatização, também acho que o Estado poderia "privatizar" essa atividade aqui. As melhores normas técnicas já são privadas, aliás, então o Estado poderia simplesmente publicá-las. Criar um convênio, por exemplo, com a ABNT.

o salário do trabalhador é definido por leis econômicas do local em que está inserido como custos, oferta, demanda, tributação e se o país tem renda baixa, alta, média... além de outros tantos fatores....daí ser totalmente absurdo comparar países (condições diferentes para obtenção de resultados iguais). 

Se formos racionais iremos perceber que o custo com o trabalhador (todos os custos é o que interessa) é muito além do que o empresário gostaria de pagar e muito aquém do que o trabalhador gostaria de receber... Isto em todo lugar do mundo.

Isto quer dizer que não é o empregador e nem o empregado que define o salário, é como se fosse uma cotação sob influência do ONREVOG, mas esta influência está limitada e quando excessiva vai significar repressão da atividade econômica. 

@Bastter poderia ter algo pra gerar um resumo desses posts gigantes

@philipel eh soh nao ler se nao quer ler
ia resumir como

Usa o plugin bastterizador resumidor

eu quero entender mas nao quero ler

@Bastter

Uber: motoristas não têm vínculo empregatício, decide STJ – Brasil

Estou a mais de 20 anos na indústria. O que tem de cota, estabilidades e restrições ridículas é de chorar.
O que o @celtiberian listou é só o início da coisa.

Coloca aí reflexo de hora extra, exames médicos, laudo ergonômico, confecção de PPRA, pcmso, controle de entrega de EPI para provar na justiça depois, testemunha que tem de largar serviço para ir na justiça ....

Então quem acha que não é 2x é pq não paga a conta. Eu não sou proprietário de empresa, apesar de ser PJ, mas respondo pela conta. Da mais de 2x sim. 

Então no final todo mundo racha a conta simples assim. 

só li alguns posts, como de hábito NemlY e Nemlerey  :)

li por alto que alguem disse que o "brasileiro se vende muito barato"

SE as relações trabalhistas não fossem tão engessadas , SE a infraestutura do país não fosse sucata, SE a tributação fosse reduzida a um nivel aceitável, SE os autarcas, governantes  fossem um poouco menos obtusos e corruptos, o brasileiro iria receber um salário equivalente ao de economias mais avançadas.

o brasileiro recebe pouco porque quem dirigiu o  país até aqui primou por dificultar ao máximo a vida de seus cidadãos.  inclusive com essa tranqueira de CLT, JT e afins.

livre mercado é o que faz uma nação evoluir, estatismo só dá em brasis, cubas e venezuelas.

@Sun135 condução da economia pelo Estado dá também em Alemanhas, Japões, Chinas e, veja só, Estados Unidos! Meu avatar (Lincoln) ensinou muito bem como conectar a infraestrutura de um país, criar uma moeda única, emitir dívida e financiar o desenvolvimento de grandes indústrias a partir do ONREVOG Central. E foi daí que nasceu a maior potência da História, perfeitamente posicionada para aproveitar a fortuna das duas guerras mundiais, reconstruir o mundo à sua imagem e semelhança e expandir sua influência pelos quatro cantos do planeta. Não existiria, aliás, internet sem Estado (os EUA). Venezuela, Cuba e URSS só levaram esse estatismo ao paroxismo, e fizeram tudo errado. De qualquer modo, acho que esse post já ficou político demais para o site, não? Abração!

@Camarada   o estado  é veneno.  Tudo o que vc elencou teria sido atingido melhor e mais rapidamente sem o estado, e  o mlehor, provavelmente não teriamos tido as grandes guerras, nem o exterminio de populações inteiras causadas por ideologias vãs.

o que desenvolve uma nação é seu povo.  Japão, Alemanha e EUA são potencias porque tem e tiveram um povo que trabalha duro, produz e conquista e valoriza o conhecimento.

URSS, Cuba, Venezuela, etc tiveram um povo que amava o estado.

olha o destino de cada grupo de nações e meu post tá esclarecido.

@celtiberian Na área de construção civil, é comum calcularmos o custo da mão de obra com 126% de leis sONciais. ou seja, para cada real pago de salário mensal para o funcionário, ele custa mais 1,26 para a empresa.