Data original: 11/02/2020
Vou abrir uma fraqueza minha com a comunidade, na busca de dicas, conselhos, experiências e opiniões de membros que já passaram por isso ou se identificam.
Me considero uma pessoa bastante disciplinada com quase todos os aspectos da minha vida: alimentação, exercícios, estudo, sono, horários.
Mas algo que tem me incomodado desde que comecei a receber meu salário (há 7 anos) é o fato de necessitar gastar dinheiro e comprar coisas, praticamente todos os dias. É como se a mente encontrasse justificativas racionais e aparentemente lógicas pra dar aquela passada no mercado e comprar 2/3 coisas, mesmo não precisando de verdade. Dar aquela passada na etna, tok e stok e comprar um utensílio de casa bacana mas que não é prioridade no momento. Comprar uma roupa, tendo outras 2/3 novas no guarda-roupas, etc...
Confesso que tenho um bom salário, consigo poupar, e tenho um padrão de vida razoável. Mas é como se para manter um certo padrão de vida houvesse a necessidade de gastar diariamente.
Talvez seja autoafirmação, ou uma compulsão realmente.
Sinto que essa postura é prejudicial para meus planos ORUTUFs e que eu poderia incrementar meus aportes se ela não existisse (e isso me é muito claro), mas na prática não deixo de gastar.
Essa postura se intensifica demais com o uso do cartão de crédito.
Quando centralizava todas meus gastos no débito/ dinheiro, me pagava primeiro (aporte), pagava as contas e gastava o que sobrava.
Hoje tenho extrapolado o cartão de crédito (seguindo a filosofia de centralizar tudo nele) e diminuído meus aportes, principalmente nessa época de fim de ano, com gastos de viagens e férias.
Por favor, não venham com exemplos perfeitos de: é simples, só não gastar, etc...
Admiro demais quem tem um estilo de vida completamente simples e não liga para quase nada material. Eu não sou assim. Gosto de coisas boas e de qualidade.
Abrindo minha imperfeição e fraqueza para que haja uma luz. Sardinha que sou, longe de ser perfeito, e nem buscando ser, mas buscando a PAS e tranquilidade, e isso tem me distanciado dela.
Ainda não abordei essa postura na terapia, com a psicóloga, mas talvez seja uma opção.
Abraços a todos!