Livro Outros
The War of Art
Steven Pressfield
Uma obra fantástica em que o escritor Steven Pressfield através de sua própria trajetória como autor retrata os mais amplos aspectos da inspiração ou da falta dela. Pressfield acredita que cada ser humano tem sua missão no mundo e somente ele mesmo poderá dar o seu recado à humanidade. Seja por meio da arte, do empreendedorismo, da caridade, do esporte, da pesquisa, cada ser humano tem um dom, aquilo que faz o seu coração vibrar, o seu território. Por outro lado, temos também forças negativas, que nos impedem de realizar nossas obras, que se disfarçam em roupagem aceitáveis, são insidiosas, nos seguram de uma forma que não a reconhecemos como inimigo. Ele dá o nome de “resistências”, são aquelas justificativas internas que nos impedem de nos arriscar, de realizar, que nos mantém em uma zona segura, aquela zona em que o ego se sente confortável, livre de exposições, frustrações e até mesmo do nosso sucesso. Contrariando as forças negativas, também temos as forças que nos puxam para cima, que ele chama de “fadas”, assim como as sementes têm a força que as fazem germinar, a força que faz o capim crescer, os seres humanos também tem essa força que os ajuda em seu crescimento. Porém as fadas são exigentes, elas não aparecem para qualquer um, elas aparecem para os preparados, assim como Mozart que criou a nona sinfonia, ele estava preparado para ouví-la e trazê-la ao mundo manifestado, como se ela já existisse em algum lugar, mas somente ele foi capaz de ouví-la e traduzí-la de forma que pudéssemos conhecê-la em nossa dimensão.
Pressfield acredita no trabalho duro, na organização, na técnica, no propósito, pois as fadas são criteriosas e não aparecem para qualquer um. O artista tem que ouvir o que a sua alma está querendo dizer e não ser um escrevinhador que escreve o que o público está querendo ler. Pressfield teve uma série de fracassos antes de ter o seu primeiro sucesso, antes de conseguir ouvir o seu Self e dar o seu recado. Diferencia o profissional do amador, o profissional depende do seu labor, ele se dedica integralmente ao seu mister, não espera a inspiração, tem horário de começar e de parar de trabalhar, ele se organiza para que ele esteja em sua melhor condição física, psíquica e emocional para desenvolver o trabalho. Se orienta territorialmente, não hierarquicamente, ele não busca ser melhor do que seus concorrentes, ele busca a excelência nele mesmo. Ele investe tempo e esforço no seu território e sabe que em algum momento todo esse investimento retornará em forma de realização de suas obras.
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