Li há um tempo no The International Herald Tribune um interessante artigo sobre isso chamado “Piercing mystery of old-age frailty” A discussão é porque alguns envelhecem bem e outros não, e a busca dos cientistas é descobrir o que faz diferença nos idosos ativos e fortes. O que se suspeita é que a fragilidade (que acomete idosos que ficam inválidos) seja uma doença cardiovascular silenciosa que obstrui suas artérias ao longo do tempo impedindo a função adequada de diversos órgãos. O sedentarismo seria um fator primordial para esta evolução. Outro dado importante que está sendo pesquisado, por mais céticos que sejam os médicos quanto a isso, é que o antigo clichê parece ser verdadeiro: “Você só é tão velho quanto pensa que é...”
Parece que quem se conforma com a velhice, e quem acha que não é capaz de mais nada (e isso já começa na meia idade), passa a andar mais devagar, deprimir-se mais facilmente, praticar menos ou nenhum esporte, usar mais elevadores e escadas rolantes, usar menos o cérebro e isso afeta seu sistema cardiovascular negativamente, bem como suas funções cerebrais. Tudo isso leva a mais atitudes de enfraquecimento, o que leva a maiores perdas e danos das funções cardiovasculares e cerebrais em um círculo vicioso do envelhecimento precoce. O indivíduo literalmente se entrega.
Em um estudo realizado nos EUA, 3.075 indivíduos aparentemente saudáveis próximos de 70 anos foram testados em uma caminhada de aproximadamente 500 metros mantendo o ritmo e sem parar para descansar. Os resultados foram publicados na conceituada revista JAMA (Journal of The American Medical Association). Os que conseguiram andar a distância bem e em menos de 5 minutos foram considerados como tendo tido um bom resultado no teste.
Para cada minuto acima dos 5, a chance de falecer nos 4 anos seguintes aumentava em um terço, o risco de ter um infarto agudo do miocárdio aumentava em 20% e o risco de ter desabilidade aumentava em 50%!
Sonho mais ou menos Grande