Assédio moral em estágio probatório
comentada em 15/09/2024 10:56

Se houver a imputação de assédio moral, esses nunca serão os avaliadores dela. Na verdade, acho que todo mundo vai ficar bem pianinho a partir do momento que ela engrossar o coro.

Não deve ter medo de estar em estágio probatório. O estágio probatório não significa que a pessoa vai embora por qualquer coisa. Pelo contrário: se ela estiver realmente assediada, a denúncia vai protegê-la.

Cada contexto é um contexto. Mas eu engrossaria o coro com o chefe e falaria que tudo está deixando ela desconfortável. Quer que a postura muda, acha que tudo pode funcionar bem. Até para evitar procedimentos desagradáveis por assédio moral. Ou, se achar que a coisa está pesada mesmo, vai direto na corregedoria.

É difícil dar uma opinião um pouco mais embasada, pois sem saber o órgão em que ela trabalha não se tem como conhecer a estrutura administrativa. Mas em quase todos os órgãos públicos há canais para que sejam feitas denúncias anônimas, ouvidoria, etc. E como no serviço público quase sempre há alguém acima do seu chefe, vocês também podem procurar a corregedoria ou o órgão equivalente para narrar a situação. O ente público não quer ser responsabilizado por uma eventual indenização por danos morais e o responsável pelo órgão não quer ser acionado em eventual ação regressiva. Penso que vocês devem buscar na própria estrutura administrativa alguém acima do alegado assediador.

Independentemente do que vc resolver fazer, junta bastante provas, o máximo que vc conseguir, desde e-mails, conversas em whatsapp, registro de reuniões etc. Esse tipo de denúncia precisa de prova robusta e sem elas vira o famoso minha palavra contra a tua

Situação difícil. E como disse o colega, complicado opinar sem saber muito bem como tudo funciona. 

Entrei no serviço público em 2018, num cargo que sempre quis. Ainda bem que gosto muito do que faço e dou meu melhor sempre. Não passei por assédio, mas confesso que ainda estou me adaptando a algumas coisas ainda inerentes em muitos órgãos públicos (sempre trabalhei na iniciativa privada). No começo tentei bater de frente, mas vi que o melhor era dar o meu melhor e esquecer certas coisas. 

Claro que são situações completamente distintas... 

Avaliem com calma o que fazer... Espero que corra tudo bem.

E não tenha medo por estar em estágio probatório. Assédio é coisa séria e deve ser combatido sim. Tem situações que realmente não tem como deixar pra lá.

Boa sorte aí.

Minha esposa passou por algo semelhante durante a residência médica. Meu conselho é:
Junte provas. Veja com o advogado se seria legal ela gravar essas reuniões por vídeo. 
Vá com o advogado e as provas ao setor jurídico do hospital. Diante da gravidade dos fatos, o jurídico do hospital irá resolver a situação. No caso da minha esposa, a chefe dela foi afastada, sem que a gente precisasse fazer mais nada além disso. 

Bom, eu já passei por situação semelhante no serviço público. Entrei num cargo que achava que ia ser uma maravilha. Ambiente horrível, guerra generalizada na repartição, esqueletos cabeludos, etc. Na época era garotão, simplesmente pedi exoneração, voltei pra casa dos meus pais e segui os estudos.

Uns anos depois entrei num cargo que pagava +- o dobro do primeiro, o serviço é um porre, mas ambiente e pessoas de relacionamento direto são excelentes.

Tenho experiência com rolos de serviço público.

Creio que vocês devem conversar com um advogado ou escritório com experiência em direito administrativo, que tenha este ramo de atuação. gente experiente em botar órgãos públicos no pau. Relate tudo, e veja o que ele acha, em que pode se enquadrar.

Então, com o "aval" do advogado pra ação, meu conselho é:


- Curto prazo: ponha no pau, citando os nomes dos responsáveis na ação judicial, sendo bem direto e explícito na petição inicial, de forma pormenorizada.

Com o auxílio do advogado, entre também com uma queixa administrativa pelas vias oficiais de forma PARALELA à ação judicial. Tenha o acompanhamento do advogado nessa parte administrativa também. É importante porque eventuais sindicâncias e processo administrativo disciplinar (PAD) serão encarados com mais seriedade pelo órgão e as chances/oportunidades de manipulação por parte dos agressores diminui bastante, ao você se apresentar com advogado e com ação judicial paralela correndo. O uso de um possível PAD enviesado como subsídio pra ação judicial fica prejudicado também, já que ele corre em paralelo.

Não tenha medo de represálias. É mais fácil acontecer justamente o contrário, ela ficar quieta e ferrarem ela na avaliação. A opinião de um servidor que acabou de entrar é mais "pura" do que a de alguém que já passou por 3 ou 4 avaliações ruins ou pior, do que a de alguém que só agiu depois de ser exonerado ao fim ou no meio do estágio por "desempenho insatisfatório". A tendência é de que as pessoas fiquem pianinhas após a ação judicial. 

Não recomendo de jeito algum ir só pelo caminho administrativo do PAD. PADs são manipulados a torto e a direito no serviço público, mesmo chefias altas na hierarquia muitas vezes não querem se indispor com chefias subalternas que compõem a base política delas, tendendo a fazer a vontade destas. Só entrar com reclamação administrativa pode ter o efeito de acirrar ainda mais o ambiente. pela minha experiência, quanto menor o órgão, pior.

- Médio - Longo prazo: fala pra ela estudar pra escafeder-se daí, não vale a pena de jeito nenhum estar num ambiente rodeado de inimigos ou pessoas que querem te prejudicar, que te sabotam ou te deixam mal.

Mesmo que fiquem pianinhos com a ação num primeiro momento, quando a coisa toda se resolver só vão ficar esperando a oportunidade pra ferrar com ela, eles guardam isso por anos a fio. Tem que entender que a vida de muito desses caras que arranjam confusão e se acham os donos de um setor ou repartição é aquilo ali, mandar naquele pedacinho, a existência deles muitas vezes se resume a isto, por mais patético que seja. E qualquer atitude que eles enxerguem como ameaça vai ser revidada mais cedo ou mais tarde.

Esse tipo de ambiente dá até câncer, ela tem que sair fora assim  que puder, se esforçar pra isso.

Tenha sempre em mente que a ação é pra não fritarem e queimarem ela neste momento, evitar algum rolo/processo/exoneração/demissão e dar um alívio momentâneo, a solução mesmo é escafeder-se.

 

Experiência pessoal:
a) no meu primeiro cargo público fui vítima de assédio, acabei tomando calmante (única vez na minha vida), eu era muito novo e simplesmente pedi exoneração (hoje não faria isso);
b) ingressei em um segundo cargo público e não deixei a situação perder o controle, quando me batiam eu reagia, as vezes dava problema, mas de um modo geral funcionou.

Cada um é cada um, mas a sua esposa deve aprender a reagir se enfrentam ela, pq da mesma forma q ela pode perder o cargo, os assediadores também podem se incomodar

No mais é o q o povo disse aí em cima, por precaução acumulem prova...mas te digo q uma reação na hora também dá resultado

Bem, humildemente posso dizer pelo que eu tenho vivido. Quando não me encontro satisfeito com alguma atividade ou emprego que estou, busco entender o porque me encontro ali, qual a real razão. Vejo que por muitas vezes o sistema cria crenças que nos faz apegar a coisas que são muito pequenas quando comparadas ao nosso potencial. (Salário, benefícios ou estabilidade, para mim no final tudo isso é Matrix).

Sua esposa pelo que voce mencionou se destaca e deve ser bastante competente, pode conseguir emprego em outro local que se sinta mais feliz e realizada. Eu entenderia o momento, as circunstancias e se for apenas a questão monetária, benefícios ou algo do tipo, faria um plano para sair quando me sinta confortável, tres meses, seis meses ou até um ano, suportaria e focaria no que realmente importa, vide filosofia.

Tenho a impressão que quando sua esposa perceber o real valor que possui, vai abdicar disso tudo porque pode ser muito mais realizada em outro local e também muito melhor remunerada. 

É engraçado, mas outro dia vi um colega de trabalho que se apega a uma possível rescisão contratual para não pedir demissão e se encontra infeliz, a vida vai passando e a empresa acaba ficando com ele porque faz um bom trabalho.

No final são escolhas e com a maturidade vamos vendo que pouca coisa vale a pena, e descobrimos as que realmente importam. Lance é o mais rápido possível ter essa maturidade. Eu estou na minha luta diária :), espero que tenha ajudado com esta mensagem.

Minha sugestão é conversar em pás com o chefe direto,  se não revólver,  conversar em pás  com o chefe do chefe,  e vai subindo,  se chegar no manda chuva e ele também não resolver eu sairia em pás.  #Pas

@thiago_000 nao tem como ligar o danesse e nao tomar conhecimento?
nao estou dizendo q tenha mas se tiver eh a melhor resposta

Não dá pra mudar de setor? Eu acabei trocando durante a pandemia.

Sobre o caso em questão: fez gravação dos assédios?

Tem que juntar muitas provas (a possível gravação dessas reuniões online já seria uma ótima prova) e de preferência ter alguém mais chegado que se prontifique a testemunhar (o que é meio difícil de conseguir, a depender de onde trabalhe).

Se realmente quer continuar no trabalho, tem que bater de frente e ter peito pra aguentar as consequências intermediárias (se o pessoal for sacana mesmo pode avaliar mal no probatório e aí vocês vão ter que aguentar o tranco). Bater de frente não falando ao vivo, mas de preferência formalizando a insatisfação via email. Pode ser que parem ou não. Se continuarem a sacanear veladamente, aí tem que abrir um processo junto a corregedoria do órgão e outro judicial por fora.

Difícil dar uma opinião melhor sem saber o caso concreto e o nível do assédio. Muitos assediadores ao menor sinal de perigo param de fazer piadas e ficam quietos. Outros tem uma sede e acham que são intocáveis e se tornam o pior pesadelo. Tem que saber onde está pisando.

Se essa trabalheira toda não se justificar pela falta de #pas que trará  , então é melhor procurar outro serviço ou concurso.

Vocês devem checar também as atitudes e posicionamento dela na repartição. Aqui vão algumas dicas úteis para servidores públicos se precaverem de problemas:

1 - Trate a todos bem, cumprimente a todos sorrindo, dê sempre "bom dia boa tarde boa noite". Isso inclui terceirizados e público em geral. Vocês não tem idéia de quantas confusões seriam evitadas no serviço público com essa dica simples.

2- Peça a chefia imediata um plano de trabalho escrito, algo bem claro e conciso contendo o rol de suas atribuições e o que você deve fazer NA SUA REPARTIÇÃO. Aqui não valem listas genéricas de atribuições do cargo no serviço público, mas sim o que seu chefe quer que você faça no setor, te dando atribuições e delimitando sua atuação. Isso evita uma série de problemas: alegarem que você não fez o que te pediram, alegarem que você extrapolou suas atribuições, alegarem que você usurpou atribuição de alguém. 

3 - Atenha-se ao que te foi pedido, ao que é esperado de você. Jamais invente de fazer além do que é sua atribuição, não tente lutar contra aquilo que VOCÊ ENXERGA como "ineficiência" ou "injustiça" se não te diz respeito diretamente (obviamente crimes e que tais devem ser denunciados nas instâncias cabíveis). Tenha o máximo cuidado com a bendita proatividade, é serviço público e não sua empresa. Não invada a esfera de atribuição dos colegas. Lembre-se da máxima do serviço público: "TU TE TORNAS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL POR AQUILO EM QUE TE METES". Faça o seu, bem feito. Ponto. Você não vai revolucionar o serviço público, esqueça isso.

4- Evite assinar documentos, relatórios, despachos, etc., sempre que for possível. Leve para sua chefia assinar e despachar o que for possível passar a ela. Já vi gente que se orgulhava de usar seu carimbo em despachos administrativos, isso é LOUCURA. Cuidado com responsabilidade técnica e afins. Fuja de situações onde você acaba se responsabilizando pelo resultado do trabalho de terceiros, e onde o seu trabalho fique dependente do trabalho de terceiros. Tente "isolar" sua atuação o máximo possível.

5 - Não assuma responsabilidades que não são suas, não "meta a cara" pra ver no que vai dar depois. Não sabe como interpretar uma lei ou algum normativo? Acha algum conflito entre eles? Todo órgão federal tem uma  Procuradoria pra dar consultoria justamente nisso, não hesite em solicitar parecer ou esclarecimentos. Procure sempre seguir a opinião deles.

6- Sempre que entregar um documento, processo, amostra, etc, solicite um "recebido" com data e assinatura. SEMPRE. Guarde todos os emails enviados, recebidos e seus anexos. Cuidado com o que escreve. Seja sempre formal, busque os canais formais, soluções formais.

7 - Esclareça todas as situações e rolos assim que aparecerem, não deixe pra depois, faça enquanto sua memória está fresca e os fatos vivos. Anos depois uma dada situação pode gerar problemas sérios, não subestime mini-rolos, resolva-os o quanto antes e guarde a documentação da época.

8 - De forma alguma discuta no trabalho, jamais brigue, seja por questões do trabalho, pessoais, política, etc. Vá pra casa mais cedo, desça e tome um picolé, como tá no outro tópico, kkk. Tire umas férias, uma licença. Nunca confronte diretamente. Só responda tretas do trabalho e coisas cabeludas no dia seguinte, se possível.

9- Não comente o serviço dos outros, não faça fofoca, não opine a menos que perguntado e responda de forma técnica e distante. Não tente revidar e nem ferrar ninguém, a chance de você se ferrar no lugar é enorme.

10 - Se possível, evite relacionamentos amorosos no trabalho, especialmente com pessoas do seu convívio direto ou setor. É só uma dica, pode ser deixada de lado em certos casos, kkk, mas é uma boa dica geral. Uma coisa que você não precisa no serviço público é aumentar a sua exposição.

11 - Não pegue chefias, fuja delas como o capeta da água benta. Troque de setor se necessário. Chefia no serviço público não vale a pena nunca, o custo-benefício risco-retorno não compensa jamais. Anos depois de você largar ainda poderá estar respondendo a processo administrativo/judicial. O serviço público e suas normas são uma confusão, às vezes você se ferra mesmo fazendo tudo "certo" teoricamente. Esqueça chefias, não mande em nada, faça o seu e vá pra casa. Deixe pra fazer algo transformador na sua vida pessoal ou em alguma atividade paralela legal.

12- Evite qualquer tipo de rolo ou qualquer situação que te ponha em risco, mesmo que seja "por uma boa causa". Pra tudo no serviço público há uma resposta burocrática (no sentido administrativo), por mais bizarra que possa parecer. Aí, quando der merda e você não seguiu a burocracia, começa a caça de culpados, e a corda arrebenta pra quem assinou/se responsabilizou e pro lado dos mais fracos. Aqueles que te pedem pra se comprometer com o rolo hoje serão os primeiros a apontar o dedo pra você. O juiz não vai querer saber das suas desculpas, pra ele a solução burocrática estava lá, você não seguiu porque não quis.

13 - Não faça dívidas, poupe muito, bastante. Isso vai te dar mais tranquilidade nas situações do dia-a-dia, conheço n servidores que estão presos no serviço público submetidos a situações terríveis e rolos gigantescos por serem escravos de dívida: financiamento de imóvel, financiamento de carro, consignado. Isso acaba tendo reflexos no próprio ambiente de trabalho. Busque rendas paralelas legais.

@Japoneis manual do serviço público aí. Deveria ser entregue a cada servidor que começa no serviço público haha

Já passei por situação chata no serviço público também e resolvi trocando de setor. Dependendo do local pode ser mais fácil conseguir uma realocação em outro setor. Mas dependendo também pode ser bem mais complicado. Mas é uma alternativa, pedir troca de setor. 

Mas o mais importante é não deixar isso crescer. Já tive minha saúde mental destroçada por causa do serviço público e isso é péssimo. Não deixa isso crescer na cabeça dela, ela tem que tomar atitude logo. 

@ThiagoDV

kkkk

Foi apanhando muito e observando bastante que cheguei nessa conclusão aí!

 

Pela minha experiência e de pessoas observadas, quanto menor o órgão, pior, mas isso não é uma regra.

 

Uma coisa que muita gente confunde é que no serviço público, especialmente em setores administrativos, a proatividade é um PERIGO.

Isso não significa fazer corpo mole, significa evitar rolos que a princípio nem seriam de assuntos de sua competência.

Que serviço público seria esse?  Polícia Federal? Acho que la eles são meio duro mesmo.

@thiago_000,

O fato de ela está em estágio probatório não é impedimento para que a sua esposa promova uma denúncia na corregedoria ou administração superior do órgão público para que ela trabalha.

Existe assédio moral de superior para inferior e de inferior hierárquico para superior. Excluir um colega de trabalho de reuniões, sem motivo, brincadeiras jocosas, dar tarefas inferiores e não compreendidas dentre as atribuições do cargo, perseguições, tudo isso pode configurar assédio moral.

É muito importante juntar provas e documentar tudo, anotando data e horário dos acontecimentos. Mensagens de WhatsApp, gravações ambientais (de conversas) testemunhas que tenham presenciado o assédio, provas documentais. Faça um relatório de tudo isso e envie para a corregedoria do órgão (se tiver) ou a administração superior.

No órgão em que trabalho, basta enviar um e-mail para a corregedoria pra que se inicie uma sindicância.

Pela minha experiência de alguns anos no serviço público, penso que a melhor forma de se livrar de uma situação assim é mudar de setor.

Além disso, agir "pianinho", fazer o que lhe é solicitado sem "inventar", não falar mal de ninguém, cumprir à risca as regras do trabalho, como o horário e a forma de execução do trabalho, e procurar fazer algumas amizades.

Geralmente tem alguém com quem se pode conversar e entender como lidar melhor com a situação ou que possa ajudar a mudar de setor.

Quanto aos comentários em reunião, ela deve ignorar, sem ficar respondendo, nem ruminando. Geralmente, é o melhor a se fazer. 

Já lidei com chefe que não ia com a minha cara, com ameaça explícita de perseguição. Na época, comecei a juntar provas do assédio, mas, com o tempo, "ficando na minha", não foi necessário. A pessoa que me incomodava encontrou outros problemas e eu acabei passando em outro concurso melhor. 

Uma coisa contraditória do serviço público também, na mesma linha da proatividade é a seguinte:

 

De uma forma geral, o servidor que não faz nada é MENOS prejudicial do que o servidor que se assenhoreia do setor, que faz o que lhe dá na telha, que acha que a repartição é dele.

 

Quem vê de fora até acha bonito esses tipos, acha que "vestem a camisa" da instituição. Só que a "camisa" que eles vestem na verdade não é a da instituição, é a deles mesmos. 
Esse tipo de servidor é o mais problemático que tem, especialmente para os novatos. Além disso, geralmente são uma máquina de rolos, porque várias vezes extrapolam os seus limites, invadem a competência dos colegas e desrespeitam os trâmites legais por uma causa supostamente "nobre".

 

Eu quando vejo alguém com esse perfil corro na direção oposta. Prefiro o famoso barnabé que dorme babando na cadeira depois do almoço a essa galera "dona" do serviço público.

 

O melhor perfil de servidor pra trabalhar que já encontrei é aquele que faz o dele bem feito e vai embora pra casa quando dá a hora, e que não quer saber de cargos-chefias-projetos revolucionários. E geralmente são os que mais rendem e mais contribuem pra evolução da coisa toda.

@Japoneis vou imprimir esse manual e ler ele até decorar haha, muito bom!

@Japoneis

Excelente comentário.

@Luiskol

Seguiria o conselho do colega de mudar de setor. 

Já passei por assédio moral em órgão público e o que aprendi foi o seguinte: 

a) Mudar de setor é a melhor escolha, pois foi só assim que consegui resolver o problema;
b) Não adianta ficar brigando muito dentro do órgão, pois se isso já acontece, então todos sabem e não dão a mínima. Eles até apoiam isso lá dentro.
c) A maior lição que tive dentro do órgão público foi: QUEM NÃO É VISTO, NÃO É LEMBRADO, NÃO É COBRADO, NÃO É EXIGIDO E NÃO É INVEJADO (principalmente, se você não fizer parte da panelinha). Eu era o idiota que ficava trabalhando muito, dando ideias, sendo prestativo e solícito, então tive muitas inimizades dentro do órgão que trabalhei, pois eu era uma ameaça para quem tinha função comissionada lá dentro. Demorei a perceber isso.
d) Geralmente, novatos em órgão público são ameaças ao sistema que já está instalado lá. Então, não tem como fugir.
e) Algo que fez bem para mim foi me afastar ao máximo das pessoas do antigo setor e do órgão em geral. Eu só ia trabalhar e praticamente não tinha contato com mais ninguém, não participava de nada e até não atendia telefone e não respondia e-mails de certas pessoas lá. Só contato profissional. Eu cortei contato com tudo e todos lá. Só fazia o mínimo (que iria garantir o meu salário, o meu emprego e ponto final).
f) Lição aprendida: ANDE NA SOMBRA, POIS A INVEJA É UM INIMIGO SILENCIOSO. Trabalhei com uma pessoa que vivia tentando me prejudicar pelas costas. 

@thiago_000, leia com a esposa todos os comentários do @Japoneis.

Colha o máximo de provas, tente mudar de setor e, se não der resultados, não demore acionar os assediadores no pau msm. Não deixe para a época da avaliação de estágio probatório, pois vão alegar que só estão fazendo por causa dá "má avaliação de desempenho".



Antes, tentem mudar de setor! Senão... é pau msm! Ah... e continue estudando pra sumir daí!

Segura a onda até passar o estágio probatório. Enquanto isso vai gravando tudo. Brigar em estágio probatório é ruim. 

Se chega um servidor pra mim seguindo a cartilha do Japoneis eu mando de volta na hora. Aqui é trabalho!

A

@Asvidzinski
"Se chega um servidor PRA MIM seguindo a cartilha do Japoneis EU MANDO de volta na hora."

Tô falando...kkkk
Brinks =*

Manual da mediocridade, graças a deus não segui os "conselhos" da familia.

@Asvidzinski
Idem kkkkk

Uma coisa é evitar assinar documentos, análises e etc que não são seus.
Agora cada servidor tem suas atribuições e tarefas.
Evitar assinar tudo, até despacho eu já acho demais.
Se você fez seu trabalho e está seguro daquilo tem mais que meter o chamego kkk

@thiago_000,

Antes de ir para a justiça e se aborrecer eu recomendaria a sua esposa procurar o chefe de quem a está assediando e conversasse sobre o constrangimento. Se ele não tiver chefe, fala com o diretor. Se o assediante for o próprio diretor então fala com ele.

Tive essa experiência, mas do outro lado: uma moça que eu era o chefe me procurou e disse que estava sofrendo assédio moral do encarregado da seção dela por ela ser bem mais nova. Ouvi atenciosamente. Depois chamei o tal encarregado na minha sala na presença de duas testemunhas que eram coordenadores dele e RASGUEI  o encarregado. Depois de algum tempo, tive a oportunidade de alocar a moça em outro setor. No final acabou tudo em #PAZ.

Obs: Muitas vezes, a pessoa que faz isso não imagina o mal que ela faz ao outro, e muitas vezes se resolve com uma conversa.

Se não tiver bom senso não tem jeito.

Tem que saber das suas responsabilidades e não pode ser ingênuo, mas também ser xaropento e ficar exigindo carimbo do chefe até pra pegar grampo de papel no almoxarifado é demais.

@Henrique59

Entendo quem acha o serviço público medíocre. Talvez ele mediocrize mesmo, principalmente quando consideramos o sentido original da palavra: "de qualidade média, comum; mediano, meão, modesto, pequeno.".
Mas eu entendo que ser "medíocre" no serviço público, no sentido original, é o caminho de mais paz para as pessoas normais, que não querem se envolver com política ou alto funcionalismo, por exemplo. Querem apenas ter seu sustento de forma honesta e ir pra casa ver a família no fim do dia.

Pra mim, não vale a pena "brigar" por nada no serviço público. Faço a minha parte, é o suficiente. Se todos fizessem igual eu faço, o serviço público seria uma maravilha.

 

Comentário perfeito do @Japoneis. É o que aprendi na minha experiência como servidor. É triste, mas é a pura verdade!

Pessoas brigadoras, "donas" de seus setores, que fazem e acontecem no serviço público - destinos que vi:

- O de maior sorte foi certamente quem morreu no cargo:

Geralmente na casa dos 50 ou 60 baixo. Foi pra casa na sexta-feira, infartou/teve um AVC no fim de semana e não apareceu mais na segunda. Morreu com o setor sob seu comando, o último pensamento foi de que era importante, poderoso, influente.

Não deu tempo de aposentar, nem de responder a processos administrativos/judiciais pelas sandices e impropriedades (e improbidades) que cometeu do alto da arrogância.

Passou "impune" - a não ser pelo stress e prejuízo emocional que causou a si próprio e que certamente teve sua contribuição na morte precoce. Com mais sorte ainda, ganham um auditório com seu nome.  


- O que se aposentou e viu tudo desmoronar:

Relutou até a última hora pra se aposentar, só foi na "expulsória" ou quando a vida obrigou: doença debilitante, conjuge querendo morar na Europa, etc.

Cuidou zelosamente de seus projetos na repartição, passando por cima de quem quer que fosse, ou do que quer que fosse. Não consegue se acostumar com a idéia da aposentadoria.

Esbraveja ao ver que o setor toma outros rumos independente de sua vontade, ainda tenta influenciar politicamente no setor onde trabalhou, participa de reuniões com a "oposição".

Geralmente a pedrada vem quando todo o projeto em que trabalhou é simplesmente implodido e substituído por outro, normalmente de viés contrário. Já vi acontecer na mesma semana da aposentadoria: laboratório desmontado e cada aparelho ir pra um canto. O local virar depósito depois.

Com muita sorte, esse aqui consegue com que os servidores ativos permitam que dê uma aulinha sem grandes importâncias como convidado, caso tenha sido professor, por exemplo. Até o dia que esquecem de ligar pra marcar.


- O terceiro e certamente mais trágico tipo é aquele que foi pego por seus próprios desvios, a cabra que se enforcou na própria corda:

O acúmulo de inimizades e rolos ao longo do tempo cobra seu preço, e finalmente o tal deverá responder a processo administrativo e judicial. Na verdade, judiciais: A ação penal geralmente se enrola, mas a de improbidade é ligeira, e um sem número que escapou na esfera penal já se embananou com a lei de improbidade, muito mais "abrangente". 

Normalmente esse é retirado "à forceps" de seu cargo, vendo subir a ele exatamente os seus "inimigos", que não demoram em desfazer tudo o que ele lutou pra "construir".

Passa por toda sorte de infortúnios, como gastar rios de dinheiro com advogados, enxovalhamento público, isolamento sanitário profissional, humilhações em sindicâncias e processos administrativos, gastrite nervosa, demissões, reintegrações liminares, nova demissão, cassação de aposentadoria, bloqueio de bens, divórcio, multas.

Com sorte, os processos prescrevem ou não dão em grande coisa e o mesmo se aposenta na surdina, saindo pela porta dos fundos.

Como todos falaram, é muito difícil opinar sem conhecer a fundo a situação fática, mas em mais de 10 anos de serviço público e com muitas cabeçadas, eu recomendaria o seguinte: 

1. Tente mudar de setor, se possível; (evitar reagir)
2. No serviço público no estágio probatório é importante você fazer exclusivamente o que se pede e enquanto isso "avaliar o ambiente". Devido à forma de ingresso via concurso e a quase que impossibilidade de se botar alguém pra rua, é MUITO comum (eu diria que quase sempre) sobrar pros novatos os piores setores/unidades. Afinal de contas, quem já está no órgão já conhece os locais e pessoas-problema e fogem de lá; Com o tempo você conhece as pessoas e setores mais proativos e abertos a mudanças e evoluir. (Dá alguns passos de lado pra avançar muito mais depois);
3. Como a situação parece complicada, junte MUITAS provas pro caso de ser inevitável entrar pra brigar judicialmente; Administrativamente é chance grande de não dar em nada;
4. Já com as provas guardadas, vá com sua mulher conversar com o chefe dela. Via de regra assediadores são covardes. Uma conversa olho no olho pode colocar as coisas nos seus devidos lugares.
5. Se nada der certo, ou sai do cargo ou vai pra justiça.

Obs: assim como você tem que juntar provas pra acionar judicialmente alguém por assédio, para atestar o desempenho do servidor como insatisfatório os supervisores terão que juntar provas também da suposta má atuação dela, sob pena de reversão pela via judicial.
Aqui o que quero dizer é que seja draconiano com os controles que registram a atuação do servidor. Registro de frequência com rigor. Relatórios, planilhas ou qualquer documento que registre sua atuação tem que ser muito bem guardado para uma futura necessidade de provar sua atuação regular. Faça cópia de tudo que faz. Compre um HD externo, se necessário. Se tirar licença médica, guarde os comprovantes e cópias dos atestados.

Enfim, lamento pela situação. Boa sorte.

Precisando estamos aí

 Caramba @Japoneis,

Em que órgão público você trabalha? Um verdadeiro house of cards.

Imagino que deva ser um órgão público recheado de indicados políticos pelo seu relato. Confere?

Sem estar dentro, sempre tive as piores visões possíveis de órgãos públicos. Vendo a opinião de quem está dentro, só pioro a minha visão. Chega a ser surreal.

@Billions

Experiência de trabalho em 2, convivência em outros 2, além de histórias de pessoas próximas de vários outros

Onde estou hoje o ambiente imediato é ótimo, graças a Deus.

Acho que em parte pelo meu próprio comportamento e cabeçadas que já dei. Você é responsável em grande parte pelo seu ambiente de trabalho também.

Boa noite turma!

Venho agradecer cada comentário, li junto com a esposa e nos ajudou muito.

Decidimos:

1 - pedir a transferência dela (não sei como funciona mas vamos tentar),
2 - conversar com o advogado para saber como proceder,
3 - iniciar um canal no youtube e pensar um trabalho paralelo para ela poder ter liberdade.

* Nesse período ela vai tentar dar menos importância no q os colegas dizem, eu até consigo fazer isso com facilidade, pra ela q é perfeccionista é osso. 

Ela fica mto chateada pois já trabalhou 8 anos em cargo publico municipal e trocou de cargo para um federal pensando q seria melhor...Acho q o melhor caminho, pra ela, é seguir carreira por conta mesmo.

Sobre as provas, ela vem juntando há tem 3 meses (conversas em whats-app, e-mails e agora gravação de reuniões). Depois de ler tudo aqui ela até se acalmou.
Valeu pessoal, mto obg!

Se o cargo dela for municipal ou estadual pode ser uma possibilidade vc se consultar com advogados que sejam procuradores do ente em que ela TB trabalha. Eles estariam impedidos de advogar pra ela e te dirão isso na consulta, contudo outro advogado indicado pode assumir a causa e a conversa com esse advogado procurador pode ser o pulo do gato para a sinuca que ela está uma vez que os superiores são os mesmos que aprovarão o estágio probatório dela. Ele TB pode avaliar melhor se for o caso de não entrar com ação judicial ou com processo administrativo, ou somente com um deles etc.

O pulo do gato é que o medo dela ser julgada por eles no estágio pode ser o mesmo medo deles de serem julgados pelo procurador num processo administrativo.

Boa sorte, 

Mas eu na verdade não gosto do serviço público, e tento viabilizar saída.

A parte mais "feliz" da minha vida profissional talvez tenha sido quando trabalhava como autônomo, logo após a faculdade, atendendo clientes específicos, mas a área era complicada e não tive paciência, além dos calotes. O serviço público apresentava uma possibilidade de retorno rápido aí caí dentro. 

Talvez hoje não eu não fizesse a mesma coisa, acho que insistiria mais no caminho de profissional liberal antes de pensar em largar.

 

Uma notificação extrajudicial talvez resolva, e constitui prova. Faça o recebido via protocolo e um abraço.

Vivo isso até hoje. Junte provas, gravações com a voz dela participando. Sempre mantenha a calma . Boca fechada ajuda 999%

Me deu agonia ler o posto do @Japoneis , já me vi muuuito longe do serviço público. Explica muito o motivo do serviço público ser o que é.

Se para ser feliz essa mediocridade é necessária, jamais serei feliz fazendo isso. Conclusão, não é pra mim. Não tem dinheiro que pague.

Detalhe, trabalho em estatal. Nem se compara ao colocado aqui.

Tudo o que o @Japoneis falou é a mais absoluta verdade,e verdades costumam ser desagradáveis

Sou funça (infelizmente) há mais de duas décadas e sofri assédio absurdo que não vou relatar detalhes por que já indiquei este site para pessoas do trabalho

Conheci as piores pessoas da minha vida no serviço público

Hj as coisas estão mais tranquilas,mas quando (e se) piorar,saio de vez,pois já atingi a IF

Cara, funcionários públicos (incluo servidores e empregados) são f***. É realmente um meio complexo e tem que andar num limiar entre ter um ego bem trabalhado pra saber diferenciar humilhação de orgulho. É bem complicado.

Apesar de concordar com mtas coisas que o @Japoneis falou, vamos convir que falar em não trabalhar pra uma pessoa que ama trabalhar é pedir pra nascer algo psicossomatico.

Eu trabalho num local que lida com essa "seleta casta" de agentes políticos em geral e já presenciei situações como uma mulher grávida com sangramento e desesperada sendo pesadamente xingada pelo superior por pedir pra ir ao médico. Marido queria matar o cara depois. De verdade.

Então, @thiago_000, do que eu li do tópico eu também iria de reunião robusta de provas e um bom advogado dessa área de direito administrativo.

Depois, muito cuidado com o relacionamento. Tentar ao máximo não envolver o casamento com o trabalho. É bem difícil, porque uma hora tu se estoura da pessoa reclamando do trabalho dela pra coisas que não estão no teu alcance resolver. E tudo que ela queria era desabafar, ter um ouvido pra compartilhar coisas, e não uma outra pessoa pra falar.

Terapia e esporte. Essa última é uma dica preciosa do Bastter pra momentos de stress. Dizem que meditar tb ajuda, mas eu ainda não consegui fazer esse trem. Hehehehe

Se compadecer do assediador que obviamente prefere agir sem lógica, mesmo quando confrontado por ela, pra prejudicar os trabalhos no entorno. Não é ser o tolo bonzinho. É pensar: "caraiiii.. que tipo vida essa pessoa deve ter pro contentamento dela ser denegrir os outros, criar intrigas e ficar lutando por pequenos poderes."

Isso tudo assumindo que realmente é assedio moral. Minha mulher supervisiona 30 cabeças numa empresa estatal (louca.. hehehe) e cinco pessoas reclamaram de assédio moral dos outros colegas, pq ela impos um ritmo de trabalho que eles nao tavam acostumados e os outros 25 compraram a ideia. De tanto reclamarem, conseguiram criar um setor pra eles com gratificação (famoso "cair pra cima" no serviço público) e é o setor mais problemático da empresa hoje em dia. É carinhosamente chamado de "areia movediça". Acredito que não seja o caso da tua mulher, mas vale a ressalva.

 

Dá pra fazer uma denúncia anônima ou sigilosa no Ministério Público do Trabalho também, talvez dê uma alerta na galera se receberem ofícios de lá questionando

Ministério Público do Trabalho

@Japoneis    

Ótimos comentários. Muito obrigado.

@LUZ

Concordo com você. Conheci pessoas incríveis no setor público, mas também pessoas horríveis e monstruosas. Sinceramente, muito piores que no setor privado.

@chimp

Com certeza setor público é uma realidade bem absurda.

@thiago_000, espero que a sua esposa consiga superar este problema.

@Japoneis, seus comentários aqui no tópico certamente ajudaram muita gente. Parabéns! Também fiquei meio agoniado com alguns dos seus relatos, mas deu pra ver que a vida cobra caro de pessoas que acumulam um estilo de vida ruim ao longo dos anos.

@1080p MPT não atua neste caso, pois, pelo relato dele, a esposa é servidora pública federal não contratada em regime CLT. Neste caso, o órgão ministerial de competência seria o Ministério Público Federal.

A estrutura do serviço público reflete em grande parte a gênese da sociedade em que vivemos. Não se trata de diferenciação do "setor público". A diferença fundamental neste ramo é a questão do poder. Há sim uma estruturação que dá a certos indivíduos a capacidade de gerenciar a vida dos outros e, ao mesmo tempo, não há uma forma de fiscalizar o exercício do poder. Ai entra-se em um círculo vicioso em que um indivíduo com poder não "vai com a cara" de um servidor novo e começa a fazer da vida dele um inferno. O exercício do poder de um sobre o outro, em muitos casos, é de difícil controle. @thiago_000 a partir disso, dependendo da entidade que sua esposa esteja, acredito que a melhor coisa, se der, é tentar aguentar firme e mudar de setor, como disse o Bastter. 
Sei que não podemos condescender com atitudes arbitrárias e assédios morais, contudo, como você mesmo disse há nuances e provocações que só os participantes entendem o contexto. Então a prova do assédio se torna muito difícil e o desgaste que sua esposa vai passar com as denúncias será muito maior. Essa história de denúncia anônima, em certos locais, não é tão secreta e vão saber quem fez.
As reflexões que trago são de caráter pragmático. Evidente que dá uma sensação de injustiça, contudo, a mudança de prática leva tempo. Devemos saber as batalhas que devemos enfrentar. 
Se ela conseguir passar por essa fase, a melhor coisa a fazer é se tornar uma servidora melhor e, futuramente, quando se tornar chefe, fazer a coisa certa e dentro do seu âmbito de atuação impedir os assédios.

Olá, @thiago_000 

Acho q os comentários anteriores elucidaram gde parte das questões.

 

Eu diria apenas q, qto ao estágio probatório, ainda q o superior faça uma avaliação q não permita à aquisição da estabilidade, sua esposa pode recorrer. De um modo geral, os órgãos têm uma comissão de avaliação de estágio probatório, quase sempre por 3 servidores. O prazo pra recurso varia de órgão pra órgão.

 

Em relação ao assédio moral, embora não haja nenhuma lei tratando da matéria na esfera federal (há leis em alguns Estados como SP, RS), a justiça vem coibindo essa prática. As ações são tímidas, mas já há campanhas de combate ao assédio moral e condenações por improbidade administrativa do superior q pratica o assédio (com penas de perda de cargo, impossibilidade de prestar outros concursos, multa, suspensão de direitos políticos).

 

Sobre a transferência, varia bastante. Se for apenas uma mudança de setor, tende a ser bem simples. Já se for uma mudança de órgão dentro do mesmo quadro (exemplo: saída da Vara Federal de Taubaté para Santo André, saída do campus UFRN de Mossoró para Natal) é feita por meio de remoção. É um outro procedimento mais burocrático e que depende da autorização da Administração em caso de pedido do servidor.

 

No mais, acho mto importante sua postura de acolhimento até mesmo por causa da sua experiência profissional. A pessoa q sofre assédio merece todo o apoio para q não se senta como a culpada pelo q vem passando.

Olha, experiência própria de quem passou pela mesma situação:

1 - SE DOCUMENTE, grave conversas (desde que também esteja presente - risco de ilegalidade caso não esteja na conversa), tenha documentos impressos, e-mails quaisquer coisas que demonstrem o assédio, foi isso que me salvou, principalmente porque o assediador, no meu caso, era de uma "casta" administrativa muito superior, os fatos que eu alegava eram tão absurdos que era difícil de acreditar que existiram, e, sem documentos vale a máxima: "a corda arrebenta do lado mais fraco sempre".

2 - Procure, informalmente, antes de quaisquer atos formais o responsável pela corregedoria ou outros órgãos diretivos para sentir o nível de apoio que terá quando da formalização de eventual PAD, quanto mais pessoas em posição de gestão estiverem cientes e alertas à situação, mais "suave" podem correr as coisas (entre aspas porque não existe tal coisa em uma situação dessas).

3 - Tenha em mente que PAD PODE DEMORAR UMA VIDA e vc terá de ir várias vezes depor, entrei com um em 2017, consegui uma remoção de setor (graças a Deus) mas até hj o processo está em curso, tive de ir em 2018 e 2019 prestar novos depoimentos, reviver e relembrar tudo o que passei lá porque mudam os corregedores, seus assessores e muitas vezes querem refazer alguns atos... Enfim.. Não é uma situação nada agradável e tende a perdurar no tempo.

4 - Estágio probatório nunca deve ser empecilho para PAD, até porque avaliações negativas cabem recurso, e a questão do assédio com certeza é sempre avaliada.

5 - Não fique calado, passei 3 anos sendo assediado e isso me mudou de uma forma catastrófica, me afundou em doenças, remédios controlados e perda de qualidade de vida. Digo a todos que lutem sempre contra esse tipo de atitude o quanto antes, pois isso vai minando a pessoa sem ela notar, quando dá por si, já está afundada em uma lama de caos e sofrimento sem nem imaginar como chegou ali.

Boa sorte e tudo de bom!

@hammock_san poxa, espero que você tenha melhorado da sua saúde mental depois desse sufoco.

Pois é, eu não cheguei a tomar remédio controlado mas fiquei bem mal, fiz terapia e até hoje tenho efeitos mentais dessa época. 

Tou viabilizando minha saída do serviço público aos poucos porque independente de setor que eu trabalhe (já trabalhei em 5 setores diferentes no mesmo local) problemas se repetem e eu já tou de saco cheio. 

@ThiagoDV obrigado pela preocupação, colega.

Desde que saí desse setor tenho melhorado gradualmente. Sei que nunca serei mais o mesmo porque certas coisas ficam, mas tenho melhorado bastante, inclusive com a ajuda aqui do pessoal do site.

Nunca imaginei que encontraria um porto seguro de ajuda em um fórum da Net, muito menos um sobre investimentos (a princípio, pq o que aprendi aqui é que o que importa é #pas de espírito para vc e seus próximos) 

E, atualmente, sempre que vejo ou sei de alguma situação dessas faço questão de dar meu relato para incentivar as pessoas a não deixar que coisas assim se repitam, não ficar inertes afundando.

Não precisamos virar o paladino da justiça e sair caçando os errados por aí. Mas basta aprender a dizer "não" e "basta" a certa situações, saber usar as ferramentas do "sistema", e talvez consigamos algum resultado positivo (a lógica da gota no oceano, que sem ela o oceano fica menor).

@hammock_san bom que está melhor...

Esse site é incrível, mudou muito a minha vida.

Eu sou um participante pouco ativo, pois, não tenho mto a contribuir, minha vida é sem mtas emoções, de qualquer maneira entro aqui todo dia para ler os tópicos.

Me lembro que no quando conheci esse espaço sonha que estava com o Bastter em uma sala de aula, e ele me passando um monte de conceitos sobre o mundo, rsrs... Tenho mto disso de sonhar com as coisas é como se fosse eu em outra vida.

Sobre a situação da minha esposa, agendamos com o advogado uma reunião semana que vem, esse advogado foi indicado por uma colega da minha esposa que passou por uma situação semelhante e teve a situação resolvida. Vamos ver como será.

Se for serviço publico federal do Poder Executivo entra em contato com a ouvidoria da Controladoria-Geral da União.

Que belíssimas dicas.

Quem não trabalha em setor público e os novatos ainda não vao entender.

Mas é exatamente assim que funciona.

postado por @Japoneis em 01/07/2020 19:39

Vocês devem checar também as atitudes e posicionamento dela na repartição. Aqui vão algumas dicas úteis para servidores públicos se precaverem de problemas:

1 - Trate a todos bem, cumprimente a todos sorrindo, dê sempre "bom dia boa tarde boa noite". Isso inclui terceirizados e público em geral. Vocês não tem idéia de quantas confusões seriam evitadas no serviço público com essa dica simples.

2- Peça a chefia imediata um plano de trabalho escrito, algo bem claro e conciso contendo o rol de suas atribuições e o que você deve fazer NA SUA REPARTIÇÃO. Aqui não valem listas genéricas de atribuições do cargo no serviço público, mas sim o que seu chefe quer que você faça no setor, te dando atribuições e delimitando sua atuação. Isso evita uma série de problemas: alegarem que você não fez o que te pediram, alegarem que você extrapolou suas atribuições, alegarem que você usurpou atribuição de alguém. 

3 - Atenha-se ao que te foi pedido, ao que é esperado de você. Jamais invente de fazer além do que é sua atribuição, não tente lutar contra aquilo que VOCÊ ENXERGA como "ineficiência" ou "injustiça" se não te diz respeito diretamente (obviamente crimes e que tais devem ser denunciados nas instâncias cabíveis). Tenha o máximo cuidado com a bendita proatividade, é serviço público e não sua empresa. Não invada a esfera de atribuição dos colegas. Lembre-se da máxima do serviço público: "TU TE TORNAS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL POR AQUILO EM QUE TE METES". Faça o seu, bem feito. Ponto. Você não vai revolucionar o serviço público, esqueça isso.

4- Evite assinar documentos, relatórios, despachos, etc., sempre que for possível. Leve para sua chefia assinar e despachar o que for possível passar a ela. Já vi gente que se orgulhava de usar seu carimbo em despachos administrativos, isso é LOUCURA. Cuidado com responsabilidade técnica e afins. Fuja de situações onde você acaba se responsabilizando pelo resultado do trabalho de terceiros, e onde o seu trabalho fique dependente do trabalho de terceiros. Tente "isolar" sua atuação o máximo possível.

5 - Não assuma responsabilidades que não são suas, não "meta a cara" pra ver no que vai dar depois. Não sabe como interpretar uma lei ou algum normativo? Acha algum conflito entre eles? Todo órgão federal tem uma  Procuradoria pra dar consultoria justamente nisso, não hesite em solicitar parecer ou esclarecimentos. Procure sempre seguir a opinião deles.

6- Sempre que entregar um documento, processo, amostra, etc, solicite um "recebido" com data e assinatura. SEMPRE. Guarde todos os emails enviados, recebidos e seus anexos. Cuidado com o que escreve. Seja sempre formal, busque os canais formais, soluções formais.

7 - Esclareça todas as situações e rolos assim que aparecerem, não deixe pra depois, faça enquanto sua memória está fresca e os fatos vivos. Anos depois uma dada situação pode gerar problemas sérios, não subestime mini-rolos, resolva-os o quanto antes e guarde a documentação da época.

8 - De forma alguma discuta no trabalho, jamais brigue, seja por questões do trabalho, pessoais, política, etc. Vá pra casa mais cedo, desça e tome um picolé, como tá no outro tópico, kkk. Tire umas férias, uma licença. Nunca confronte diretamente. Só responda tretas do trabalho e coisas cabeludas no dia seguinte, se possível.

9- Não comente o serviço dos outros, não faça fofoca, não opine a menos que perguntado e responda de forma técnica e distante. Não tente revidar e nem ferrar ninguém, a chance de você se ferrar no lugar é enorme.

10 - Se possível, evite relacionamentos amorosos no trabalho, especialmente com pessoas do seu convívio direto ou setor. É só uma dica, pode ser deixada de lado em certos casos, kkk, mas é uma boa dica geral. Uma coisa que você não precisa no serviço público é aumentar a sua exposição.

11 - Não pegue chefias, fuja delas como o capeta da água benta. Troque de setor se necessário. Chefia no serviço público não vale a pena nunca, o custo-benefício risco-retorno não compensa jamais. Anos depois de você largar ainda poderá estar respondendo a processo administrativo/judicial. O serviço público e suas normas são uma confusão, às vezes você se ferra mesmo fazendo tudo "certo" teoricamente. Esqueça chefias, não mande em nada, faça o seu e vá pra casa. Deixe pra fazer algo transformador na sua vida pessoal ou em alguma atividade paralela legal.

12- Evite qualquer tipo de rolo ou qualquer situação que te ponha em risco, mesmo que seja "por uma boa causa". Pra tudo no serviço público há uma resposta burocrática (no sentido administrativo), por mais bizarra que possa parecer. Aí, quando der merda e você não seguiu a burocracia, começa a caça de culpados, e a corda arrebenta pra quem assinou/se responsabilizou e pro lado dos mais fracos. Aqueles que te pedem pra se comprometer com o rolo hoje serão os primeiros a apontar o dedo pra você. O juiz não vai querer saber das suas desculpas, pra ele a solução burocrática estava lá, você não seguiu porque não quis.

13 - Não faça dívidas, poupe muito, bastante. Isso vai te dar mais tranquilidade nas situações do dia-a-dia, conheço n servidores que estão presos no serviço público submetidos a situações terríveis e rolos gigantescos por serem escravos de dívida: financiamento de imóvel, financiamento de carro, consignado. Isso acaba tendo reflexos no próprio ambiente de trabalho. Busque rendas paralelas legais.

@Japoneis isso deveria virar FAQ!

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@Tu_tu viciada em trabalho, vai arrumar emprego em qualquer lugar facim facim.

postado por @LERDAO em 04/12/2021 11:02

Que belíssimas dicas.

Quem não trabalha em setor público e os novatos ainda não vao entender.

Mas é exatamente assim que funciona.

De fato!

Se conseguir seguir à risca as dicas do @Japoneis, é #pas na certa!

@Tu_tu como se resolveu essa situação, como está sua esposa hoje? 

postado por @Paulohfa em 01/07/2020 18:16:14

Se houver a imputação de assédio moral, esses nunca serão os avaliadores dela. Na verdade, acho que todo mundo vai ficar bem pianinho a partir do momento que ela engrossar o coro.

Não deve ter medo de estar em estágio probatório. O estágio probatório não significa que a pessoa vai embora por qualquer coisa. Pelo contrário: se ela estiver realmente assediada, a denúncia vai protegê-la.

Cada contexto é um contexto. Mas eu engrossaria o coro com o chefe e falaria que tudo está deixando ela desconfortável. Quer que a postura muda, acha que tudo pode funcionar bem. Até para evitar procedimentos desagradáveis por assédio moral. Ou, se achar que a coisa está pesada mesmo, vai direto na corregedoria.

Uma pergunta: como se juntam elementos para uma denúncia de assédio moral, tendo em vista que muita coisa é velada e sem testemunhas? 

postado por @boca_do_inferno em 15/09/2024 10:49
Uma pergunta: como se juntam elementos para uma denúncia de assédio moral, tendo em vista que muita coisa é velada e sem testemunhas? 

Nesses casos, de fatos praticados na clandestinidade, a palavra da vítima tem um peso maior.

Além disso, mensagens de whatsapp, testemunhas. Pode também gravar escondido o áudio das conversas, com o celular.