Entrei nas informações trimestrais do site da B3, mais especificamente na ITRs da B3SA para ver o que compõe o cálculo do FCO. Dentre vários lançamentos que formam o cálculo do FCO, existem esses:
6.01.02
Variações nos Ativos e Passivos
6.01.01.12
Variações cambiais, líquidas
6.01.02.01
Aplicações Financeiras
Busquei essa informação para entender o FCO do 3T20 da B3SA, que foi -668m,
Daí vi que esse valor foi por conta da enorme variação negativa dos ativos e passivos e das aplicações financeiras, o que jogou o FCO lá pra baixo (
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoDemonstrativosFinanceiros.aspx?codigoCvm=21610&idioma=pt-br). Pra quem não sabe, a demonstração de fluxo do caixa que é lançada no site B3 é consolidada até o último trimestral do ano; não há divisão por trimestre: descobri isso agora.
Depois entrei nos DFCs da GRND e da WEGE e percebi que esse componente também está presente no cálculo do FCO delas, o que me fez presumir que está presente em qualquer empresa.
Sempre achei que o FCO tivesse relação estritamente com as atividades operacionais da empresa. A dúvida, portanto, é a seguinte:
- Se a empresa tiver dinheiro investido em determinados ativos, as variações desses ativos impactarão no FCO da empresa, mesmo que essa variação não seja de "natureza operacional"?
PS: Voltando para o caso da B3SA, a variação foi muito grande mesmo. Somando-se as rubricas "Variações nos Ativos e Passivos" e "Aplicações Financeiras", houve um débito superior a 4bi no trimestral 3T20, o que, dentre outras coisas, deixou o valor do FCO negativo em -668m (foi isso que entendi).