Uma pessoa próxima passou a dia curtindo a família em sua casa de campo. Dia feliz: um churrasquinho, muitas risadas com seu marido e outros parentes. Quando o sol foi embora, decidiram voltar e pegaram a estrada. Três pessoas no carro.
O caminho estava tranquilo, até que, numa curva, vinha na contramão uma caminhonete em alta velocidade. O motorista, seu marido, tentou desviar, e a batida foi toda no lado do dela. Somente ela faleceu.
Mãe de duas meninas, mulher jovem, foi embora assim, de repente, descompassando uma tarde tão feliz, uma vida pela frente.
O motorista da caminhonete estava bêbado. Tentou fugir do local, mas foi preso. Um criminoso?
Zero antecedentes. Nenhuma multa. Carro completamente regularizado. Ele, como sua vítima, também com duas meninas para criar. Um homem jovem, uma vida pela frente.
Será que ele bebeu e foi dirigir como muitas outras vezes? Será que estava sofrendo algum problema familiar, profissional, bebeu para desabafar e esqueceu dos riscos de dirigir depois? Será que foi um dia isolado, em que bebeu e dirigiu como nunca fez? Não importa: a tragédia espera apenas um deslize.
“Ah, é só por hoje”, “Ah, foi só uma cerveja”, “Ah, eu vou devagar”: desculpas burras que podem custar vidas.
Não somos os escolhidos nos investimentos. Também não somos escolhidos ao volante. Precisamos ser humildes: por mais que você ache que é uma pessoa boa, beber e dirigir nunca se justifica. Precisamos ser humildes para lembrar: uma desculpinha pode destroçar a história de duas famílias.