Transferência do patrimônio após a morte
comentada em 04/02/2021 09:01

Se você falecer, tem que ser feito o inventário. É sempre obrigatório, embora às vezes possa ser feito no Cartório, e é a única forma de o registro das coisas em seu nome ficar regularizado. Com filho menor, salvo engano, o inventário só pela via judicial.

Mas, respondendo à sua pergunta, ter uma conta-conjunta é interessante pra ela poder usar o dinheiro antes de fazer o inventário. Especialmente para acesso à RE. Você pode dar as senhas da sua conta na corretora a ela também, mas é como eu disse. A forma correta e legal de se fazer isso é com o inventário. Sem isso provavelmente vai dar rolo depois, ela pode ter problemas com o registro, com impostos que deixou de pagar, etc. 

Bem vindo ao mundo da paternidade e todas as preocupações malucas que ela gera.
Mantém seu imposto de renda em ordem, sem sonegar, sem rolo que é o caminho mais fácil.
A sociedade organizada já sabe lidar razoavelmente bem com sucessão de bens, não é uma coisa extraordinária.

Tb tem o faq sobre isso, ler o faq sempre é uma opção.

Parabéns pela prole.

Abraços.

O pouco que sei a esse respeito diz que a melhor forma de fazer isso é constituindo uma PJ. O grande problema disso são os gastos com abertura e manutenção dessa PJ além da dor de cabeça de transferir os ativos da PF para a PJ. 

Amigo. Não podemos ter controle de tudo. Eu pensava do mesmo jeito que vc. Se está tudo declarado no IRPF e vcs são casados ela vai ter acesso a tudo. E se ela morrer antes de vc e como vcs vão ter um filho suas coisas em seu nome vai entrar em partilha tb, salvo engano. Então te sugiro esquecer sobre esse assunto e viver. Se é uma coisa que te incomoda e ela não tenha renda nenhuma deixa 1 mês de despesa numa poupança com em nome dela e esquece isso. Na hora que acontecer as pessoas vão se virar. Mas admito que é dificil lidar com a falta de controle disso. 

Felicidades com o filho.
Eu tive as mesmas inquietações que você.
O que decidi fazer foi mais ou menos o seguinte: conta conjunta, onde ficam reserva de emergência e valores eventuais, para que ela possa ter acesso.
Quanto a investimentos, eu pedi à minha esposa que criasse conta em nome dela numa corretora, e passei a fazer aportes também em nome dela. Hoje, toda a parte de renda fixa (TD) está em nome dela, além de ações de algumas empresas e alguns FIIs, que em vez de colocar em meu nome, optei por deixar em nome dela.
Assim, se algo acontecer comigo (seja eu falecer ou ficar incapacitado), ela tem acesso imediato a uma parcela do patrimônio, sem depender de nenhuma burocracia, o que vai permitir a ela tocar o barco e suprir as necessidades mais importantes sem grandes preocupações..
Além disto, claro, ela tem minhas senhas de banco, corretora, etc.
Feito isto, eu fiquei mais tranquilo a respeito... Pode haver um pequeno custo a mais, mas nada relevante.
Boa sorte na decisão.

@chespirito fiz a mesma coisa. Tudo que é renda fixa poupança e re está na conta da mulher. Só que ela mesmo quem opera. Assim ela saberá o que fazer. Ela tb ganha o dinheiro dela então já sabe até o que fazer. Só me dei conta agora que falta deixar a senha do BS pra ela fazer o IR depois

Se não tem rolo ou disputa, o inventário é muito simples. Além disso, em caso de morte, ações e fiis não exigem nenhuma ação urgente.
O ideal é só ter uma boa reserva de emergência para os gastos emergenciais do óbito, e aí basta ter um valor que ela consiga movimentar por exemplo numa conta dela.

IRPF certinho, RE na conta da mulher, conta conjunta na corretora.

Parabéns pela criança!

@since21

todo este BUCHETTIt de facilitar depois da morte eh para q parte do seu patrimonio fique para alguem ou alguma instituiçao q em teoria vai facilitar

viva a vida o melhor q puder q os seus vao ficar bem se acontecer alguma coisa

#PAS > FAQ > Quando você morre, você morreu e não está mais aqui...

Uma dúvida que tenho... Se a pessoa morrer, o herdeiro recebe as ações/FIIs ou elas são vendidas e ele recebe o dinheiro? E para Stocks/REITs também, como funciona?

@Creeper se o sujeito tem uma casa e morre, a justiça vende a casa e da o dinheiro pra mulher? Vc tá encarando ação e stock como um pedaço de papel. Ação e stock é participação societária numa empresa, da mesma forma como se você tivesse uma padaria no seu nome. (Não exatamente, mas só pra vc entender). 

Por experiência própria e dos amigos, o divórcio tem sido mais comum do que a viuvez. Acho que viver a vida o melhor que puder é a melhor orientação. 

Isso aí é muito simples, pelo menos pra mim:

1- Conta conjunta;
2- Com investimentos diversificados, pra que ficar tudo em um único CPF? Faça parte em um e parte em outro, sem misturar categorias; No meu caso, RV está no meu CPF e RF (TD) no da minha esposa.

Não vejo como ser mais simples do que isso. Em caso de um dos dois falecer, o outro estará com boa parte do patrimônio sob seu controle para aguardar tranquilamente um inventário e etc.

Trabalho num bancão e a coisa que mais me assusta é conta conjunta. Pra mim teria de estar naquelas listas de coisas piores do que a morte hehe. Tudo é rolo com conta conjunta. Desde pedidos de cartão até trocas de senhas. Muitas coisas nem os funcionários mais antigos dominam, pois contas conjuntas são uma parte ínfima das contas, o que causa demora e stress e consulta a normativos em cada atendimento.

Acho que uma coisa interessante é manter uma reserva legal na conta dela, e tudo certo. Se você partir antes, ela e seu filho terão alguns meses de tranquilidade até o trâmite de seus bens estar resolvido.

Grande abraço e tudo de bom.

@JoaoGalt muito estranho o banco q vc trabalha
nao vejo nada disso com conta conjunta
se as duas pessoas nao forem doidas

Existem ativos que teoricamente não passam em inventário.  Seguros de vida e previdência por exemplo. Aí vai de você pesar o quanto vale destinar dinheiro para esses ativos pouco eficientes em troca de uma possível transferência de renda sem inventário. Lembrando nada é  aaaagarantido então pode dar pau no seguro, na previdência, etc.

A forma de PJ existe também mas é uma dor de cabeça forte.

Teoricamente se estiver tudo liso.no seu patrimônio o inventário sai rápido. 

Inventário não pode ser feito no cartório quando há herdeiros necessários (ou listados em testamento) menor de idade ou interditado judicialmente e também se não há consenso entre os herdeiros quando testamento não deixa claro a quem o bem se destina (nos casos onde o falecido diz coisa do tipo 20% dos meus bens para fulano, 30% para ciclano, e os herdeiros discordam do cálculo do valor dos bens).

Creio que a única forma de proteger é ter no nome dela em renda fixa (numa conta onde ela seja a 1a titular pra não dar chance de ser bloqueada pelo banco) uma quantia equivalente a 10% do patrimônio, que é um valor razoável para custear o inventário (tipicamente o ITCMD é 6% do patrimônio e honorários advocatícios são cerca de 3%, fora outros custos), e cuidar da sua saúde e segurança para ela não precisar disso.


Muitos falam sobre previdência privada, seguro de vida, mas esses produtos enriquecem as operadoras e bancos, além de nada garantir que não aconteça uma mudança de regras do plano ou mesmo de legislação. O melhor é você mesmo fazer o teu seguro.

@since21

Espero que você já tenha entendido que é maluquice ficar querendo fugir de inventário, ainda mais no caso de você ser o morto.




Mas vai aí umas dicas práticas que facilitam a vida dos herdeiros:

1- Compartilhe informação com a sua esposa
É muito comum, infelizmente, o herdeiro nem saber em que banco o falecido tinha conta, daí o advogado tem que orientar a ficar mexendo nas coisas do morto e muitas vezes o herdeiro nem está pronto para fazer isso (é muito triste)
Aqui o que facilita muito é o seu herdeiro ter acesso a sua declaração IRPF, porque daí já tem um resumo de todos os seus bens

2- Os custos iniciais da morte são altíssimos (velório, enterro, etc.)
Assim, é recomendável que as pessoas da casa tenham acesso a reserva de emergência (que na minha opinião deve ser sempre pensada como reserva da família e não de um único indivíduo)
Assim, você evita o constrangimento da pessoa ter dinheiro em banco, mas não ter acesso.
Uma conta conjunta já salva

3- Aos que tem filho pequeno
Pensem e falem com a família próxima quem seria o guardião da criança em caso de falecimento de ambos, isso evita muito transtorno e surpresas desagradáveis.

Por fim, aproveite a vida. Não facilita a morte ficar preocupado com ela, vejo muitas pessoas sofrerem por antecipação com esse negócio de inventário e no fim os herdeiros se resolvem de maneira super tranquila.

O processo de inventário em si está cada dia mais simplificado.

Conta conjunta também é questionável. Quando o Sisob registrar o óbito no CPF do falecido, a conta é bloqueada e segue inventário....

Parei no "pretendo não morrer em breve " 

Conta conjunta é raro? Curioso isso... Em todas as contas que tive depois de casado (atualmente são duas), minha esposa sempre foi cotitular...