Sobre a perda do meu filhote: um desabafo e um agradecimento
comentada em 10/10/2021 11:48

@ISEP3

Meus sentimentos.
É uma perda "familiar" mesmo.
Espero que vcs fiquem bem dentro do possível.

Acho que só o tempo nos ajuda crescer neste aspecto. Você fez o que podia. Meus sentimentos.

Dificil mesmo... já sou mais velho e tive várias perdas... é muito dificil mesmo... meu conselho, adote outro imediatamente...

Meus pêsames. Nessas horas já não tem mais nada a fazer. Você fez o que podia, deu o seu melhor para cuidar dele.

Se te interessar, depois que vc estiver melhor, assista um documentário na Netflix chamado "Professor Polvo". Muito bom pra quem consegue perceber e sentir esta ligação entre o ser humano e os outros animais do planeta...

Perda de cachorro Ver mais

Meus sentimentos, é dolorido mesmo e doi muito, infelizmente não tem o que se fazer, só dar tempo ao tempo.

Eu tb perdi minha Boxer de 12 anos perto do meio do ano apos 1 ano e meio lutando contra o cancer, e cara doi muito mesmo, eu até hoje lembro dela quando desço do apartamento e passo pelos locais que caminhava com ela. Infelismente esse sentimento acredito que vá durar ainda por muito tempo, e com você não deve ser dferente, tenha calma, respira, chora o que tem que chorar, eu chorei muito na epoca e até hoje muitas vezes ainda me emociono ao lembrar, incluisve quando estou escrevendo isso.

Então a melhor coisa que posso te dizer é: Se lembre dos momentos que felizes que voces tiveram juntos, das breves brincadeiras e  guarde com carinho as lembraças boas, tenho certeza que na breve vida dele ele foi muito feliz ao seu lado.

De tempo ao tempo, quem precisa se recuperar agora é você e acredito que você fez tudo que era possivel sempre visando o melhor pra ele.

Força cara!!

Olá @ISEP3 ! Primeiramente, eu sinto muito que isso tenha ocorrido! É um soco perder alguém assim tão rapidamente e tão novo. Eu nunca perdi um cachorro, na verdade, apenas há pouco mais de 1 ano passamos a ter o nosso primeiro cachorro aqui em casa e ele realmente transformou a casa, trazendo muito mais alegria. 

Contudo, agora fazem quase 13 anos que minha irmã mais nova se foi, ela tinha só 11 anos na época, eu tinha 15, e bom, isso é algo, por vezes, ainda difícil. O que eu posso lhe dizer é que, pelo menos para mim, apenas o tempo pareceu amenizar toda a dor e recentemente algumas leituras fizeram realmente diferença. 

Durante todos esses anos mais de uma vez, mais de uma pessoa me recomentou A Cabana, eu li e reli, mas a revolta e a descrença após o ocorrido eram enormes e nada daquilo me tocava, pelo contrário, só me revoltava mais, lia tudo aquilo com desdém. Tem coisas que quando são ditas e lidas após o ocorrido morte não resolvem, não ajudam, seu coração e sua alma não escutam. 

Apesar disso, nas últimas semanas li algo que pela primeira vez me tocaram e pela primeira vez em muito tempo senti o meu coração um pouco mais aberto a leituras sobre o assunto. Foi a carta "Sobre a brevidade da vida" do Sêneca e o Manual para o vida do Epicteto. 

Destaco aqui um trecho para você da carta: "Faça que eu deixe de tentar escapar da morte e que a vida possa deixar de escapar de mim. Dê-me coragem para enfrentar dificuldades, me acalme em face do inevitável. Amplie os estreitos limites de tempo que me é atribuído. Mostre-me que o bem na vida não depende do comprimento da vida, mas do uso que fazemos dela."

Quando penso nisso, minha irmã fez um excelente uso da breve vida dela. Ela amou e foi, e ainda é, amada, ela foi feliz, se divertiu, aprendeu e ensinou tantas coisas, era corajosa e tantas outras coisas. Diversas vezes pensei que ela viveu muito mais em 11 anos que eu e eu também quero aprender a viver uma vida mais plena. Eu aposto que com seu filhotinho também foi assim, que esses quase 07 meses significaram tanto para você e sua família quanto para ele. Que foi uma vida grandiosa. 

Tem algo mais, não tenha medo de amar. Por um período eu tive, pois pensava que sofreria muito se tornasse a perder alguém que amo e que por isso não queria mais inserir pessoas na minha vida que poderiam vir a ser amadas. Mas isso foi uma tolice. Logo eu percebi que a saudade, na verdade, não é um sentimento ruim. E que eu sou feliz e privilegiada por poder sentir saudades de minha irmã. Eu nunca trocaria essa saudade pela possibilidade de não tê-la conhecido e vivido com ela, mesmo por esse curto período.

Por fim, se quiser ler as indicações nesse momento, leia-as e, talvez até vá ser bom, mas recomendo que volte nelas daqui algum tempo, quando a dor da perda já se encontrar mais serena. 

E é isso, na minha opinião o luto é um sentimento que nunca vai passar, mas a gente aprende a lidar e viver com ele de uma melhor forma. Tem dias que ele bate, bate que dói, na alma, no corpo, na mente. Que você vai se pegar chorando desesperadamente madrugada afora. É inevitável, mas até esses dias difíceis você consegue entendê-los melhor com o tempo e saber que faz parte. No fim, o que fica é o amor. 

Força meu caro!

Pessoal, muito obrigado pelas palavras. Vocês são demais... @Arwen, as suas, em especial nos tocaram de forma mais intensa. Obrigado. 

Eu assino com a @Arwen.
So adiciono este resumo que já virou quase um mantra pra mim de tanto que eu leio:


Ver mais

Este livro do Sêneca que o @Arwen citou é espetacular mesmo. Mudou a forma como eu vejo a vida. Sempre que eu o releio, eu aprendo algo novo.

Amigo, fica bem dentro do possível. Estou com minha 1ª cachorrinha c/ meus 34 anos de idade, fico emocionado de ler seu depoimento, sabendo que passarei por isso daqui a algum tempo...por isso temos que amar os bichinhos ao máximo a cada dia, é mt bom. Desejo que se recupere aos poucos p/ amar outro cachorro! Abs

Caaara, que difícil que é isso.
Há dois dias perdi meu doguinho de 15 anos. Por mais que eu soubesse que já estava ficando senil, por mais que sentisse que a partida se aproximava, eu tive MUITA dificuldade em aceitar.

Compreendo que aos poucos vamos aprendendo a lidar com isso. E que as crenças de cada um, mesmo que eventualmente sejam abaladas, possam auxiliar de alguma forma com a dor.

Tenho a plena certeza que aproveitei cada instante com ele. 
A cada dia que passava dávamos mais e mais carinho e atenção, amor sem limites, colocávamos nosso velhinho em primeiro plano o tempo inteiro. Mesmo assim a partida é MUITO mas MUITO dolorosa.

Por não aceitar, fiz de tudo por ele, passei noites em claro no chão observando e cuidando, na última semana corri atrás de bolsa de sangue, transfusão, não me importei com custos, usei nossa reserva sem nem pestanejar, não me importei com nada além da saúde dele. Então na última sexta ele partiu. 

Fica o agradecimento pelos 15 anos bem vividos, e a sensação de que a missão foi cumprida.
Não é fácil. A gente nunca é dono de um cachorro, são sempre eles que nos tem. Um abraço.