Afinal BTC é rastreável ou não?
comentada em 02/04/2022 11:17

#ehpelatecnologia

A ideia é ser rastreável. Todas as transações são registradas publicamente, identificadas pelo endereço, o número da carteira onde fica o dinheiro. Se souber de quem é o endereço, identifica todas as movimentações.

Isso é justamente um dos mecanismos pensados para permitir o caráter "trustless" da rede. Ou seja, eu não preciso de alguém pra conferir as informações, as transações ocorrem sem intermediários.

Algumas criptos usam outras tecnologias pra dificultar a identificação de quem é o dono da carteira sem prejudicar esse trustlessness. Mas o BTC foi o pioneiro e ainda não tem nada disso. O trabalho no BTC é investigar pra assONciar carteira à pessoa. Tem firmas especializadas nisso. 

Resposta curta: sim se não tomar medidas adicionais

Sempre que eu vejo alguém falar que bitcoin e um forma de sumir com o dinheiro pra ninguém ver aonde foi eu sei q a pessoa não sabe nada do que esta falando.

Não que eu manje de cripto.... mas ate eu sei que da pra ver as transações se vc sabe o que esta fazendo.

Resposta mais longa:

Maioria das carteiras hoje já vem com suporte para criar vários endereços a partir da chave privada.

- medida de segurança 1, você pode usar cada endereço apenas uma vez. Seu saldo total pode ser composto de vários saldos individuais, cada um com um endereço diferente, portanto mesmo sendo público não dá para saber que eles são seus, até você usar: se você for pagar 0.05BTC em uma transação e o saldo vier de 10x0.005 BTCs diferentes e juntar, é fácil assONciar de quem era, e o que nos leva a medida de segurança 2:

- Coin Join/Mix. Os softwares que rastreiam origem de "coins sujos" e prestam esse serviço para exchanges e ONREVOGs trabalham com probabilidade. No sistema de coinjoin, você (automático via algoritmos, não é vc manualmente misturando) junta seus saldos não gastos com o de outras carteiras, em uma espécie de pool. Depois da mistura, cada coin vai para uma transação diferente e é impossível determinar com certeza de onde veio qual. Exemplo da sparrow:



Para quem quiser saber mais detalhes:
Mixing with Whirlpool - Sparrow Wallet

Existem outras coisas que podem ser feitas também, por exemplo, trocar por Monero torna qualquer transação posterior totalmente irrastreável sem ter que ativar nenhuma medida a mais de segurança. Não atoa que as exchanges grandes/ONREVOGs estão banindo o Monero.

Como o BTC tem blockchain totalmente transparente, é sempre possível ver todas movimentações. Para nós humanos normais e não criminosos, isso não faz diferença - quem vai "pegar" esse tipo de coisa é só ONREVOG/exchange com software milionário. No entanto, cuidado especialmente quem compra BTC via "P2P". Você não sabe se o BTC vendido mais barato para vc pode ter origens que acendam algum "alerta" quando transferir para exchange.

O que importa é Aporte, Tempo e Valor....

Você não deveria ter Bitcoin @Bastter. 

Leia o Roteiro do Iniciante.

Sua dúvida está no FAQ.

Vai praticar esporte. 

Por fim ainda é muito mais fácil, mesmo com todas restrições e virtualização de dinheiro, que as fraudes e lavagem de dinheiro sejam feitas por vias tradicionais - é só assistir Sopranos para ter uma ideia.
Mercado cripto não é tão grande para acomodar vários esquemas multimilionários sem ser percebido. A reputação de "cripto é usada para crimes" está muito ligada ao início do BTC e como ele era usado nos mercados da dark Web em 2010-2013. Não é atoa que até hoje O FBI tem uma das maiores wallets devido à essas apreensões.

Bitcoin é rastreável, e pode ser “auditado” em casos específicos (demandas judiciais por exemplo).

Totalmente diferente do Monero que é não rastreável  por natureza, por isso é a queridinha de quem deseja estar à margem (fazer rolo, lavar dinheiro, atividades ilícitas, cyber crime…)

É proibido mas se quiser podePai_NaldoOrigem do Selo57 posts

Lavar dinheiro é fazer algum rolo com o dinheiro do crime para inseri-lo na economia, conferindo uma ideia de licitude.

O dinheiro do crime pode ser usado para comprar bitcoins. Aí fazem um rolo com os as criptomoedas, transferindo pra um dezena de contas diferentes, muda de corretora algumas vezes, troca uma moeda pela outra, e depois converte pra R$ e diz: meu dinheiro tem origem lícita: ganhei fazendo trades com bitcoins. 

Pronto: agora é difícil relacionar o dinheiro ao crime antecedente. Dinheiro foi lavado e perdeu o vínculo com o crime antecedente. Dá pra rastrear o bitcoin? Sim. Mas é fácil? Não.
E tem um complicador, além das técnicas descritas pelo @Giovanni : o mercado ainda não é regulado, então não é fácil garantir que as exchanges vão ter bons controles contra lavagem de dinheiro, conhecendo seu cliente, seu poder de compra, origem dos recursos que foram depositados, etc. 

Sim, é totalmente rastreável, e como citado pelo oxe, é uma de suas características fundamentais. Não dá pra dizer que seja algo ruim ou bom, apenas é.

Os mixers/coinjoins citados pelo Giovanni ajudam de alguma forma a dar uma dificultada no rastreamento, mas sempre deixam alguma informação na rede, nem que a informação seja: "moeda "x" passou por coinjoin / mix em algum momento". 

O ponto nevrálgico que mais pega para o rastreamento hoje em dia é sua interface com o sistema financeiro "tradicional". A partir do momento em que se vincula uma carteira da rede Bitcoin à sua identidade (por exemplo ao depositar BTC em uma exchange na qual vc teve de fazer algum tipo de cadastro para vendê-los por reais ou dólares), a rastreabilidade fica bastante simplificada.

Já no caso de uso P2P / compra direta de serviços e pagamentos, a rastreabilidade já é mais complexa, porém não completa, uma vez que minimamente o outro lado da transação saberá de onde vieram as moedas e poderá ver o histórico completo delas se quiser.

Existem diversos serviços mapeando a blockchain constantemente que até vendem relatórios / serviços relativos a esse tema, por exemplo The Blockchain Data Platform - Chainalysis

Por mais que hajam pessoas que sejam meio contra tais serviços de análise da Blockchain, contra os KYC nas exchanges, etc, acredito que tudo é inevitável, uma vez que BTC é pra todos. Suas propriedades ajudam de alguma forma os malucos de chapéu de alumínio da privacidade (usando P2P, coinjoin, etc), quanto também serve para o ser otomano normal que não está nem aí pra isso.

Pelo que estudei é rastreável mas não se consegue saber quem é o dono. A conta é um código sem identificação do proprietário.

Sim é rastreável.
Todas as transações ficam registradas na blockchain.
Em caso de algo ilícito, a investigação descobre o nome do sujeito quando ele põe o Bitcoin na Exchange, pra converter em "dinheiro"...

postado por @goesf em 01/04/2022 19:22

Pelo que estudei é rastreável mas não se consegue saber quem é o dono. A conta é um código sem identificação do proprietário.

Sim para usuário comum

Agora se você é exchange/agência de 3 letras americanas é fácil assONciar endereços = pessoa mesmo sem passar por exchange

tudo vai do "controle de risco" que você quer ter. Se você não faz nada ilegal não tem com o que se preocupar.