Ajuda Eu Pow! Alimentação: Alimentos e Dieta - Quadro de Depressão
comentada em 26/06/2022 11:15

Só pra ficar claro: eu já faço o tratamento com remédios e terapia. Quero apenas saber se tem algo que dá um “plus”, tal qual as atividades físicas o fazem.

@luciana

@picolinoBR

essa eu realmente nao sei ajudar
nao sei se o @Paulo pode dizer alguma coisa

mas melhoras ai e parabens por estar se tratando

e esporte, bastante esporte com certeza ajuda

@picolinoBR

O tema depressão é bem complexo e nao tenho como afirmar que algum alimento vá ajudar nessa parte especificamente, como essa relacao intestino cerebro é cada vez mais estudada ainda temos muito a descobrir .
Acredito que a melhor contribuicao, além de manter uma alimentação equilibrada,  seria em relação ao triptofano presente na banana, cacau, oleaginosas(nozes, castanhas etc) para ajudar na melhora do sono.
Outro ponto importante mas nao sei se o @Paulo pode garantir melhor seria tentar manter uma rotina com horários até para as refeições pois tudo isso interfere no nosso ritmo circadiano, contribuindo mais uma vez para o sono também.

cuidado com déficit calórico extremo, que pode possivelmente levar a cansaço/sensação de desmotivação

@picolinoBR Os pilares básicos de saúde são: exercício físico, sono e alimentação.

Tem outras coisas, mas se um desses 3 estiver zoado fica tudo mais difícil.

O que eu vou falar aqui são recomendações GERAIS, EU NÃO SEI NADA DO SEU CASO, não sei se tem alguma outra condição de saúde junta, e aqui não é o lugar apropriado para uma anamnese, então não precisa se explicar muito. Quem tem que saber de você são os seus profissionais de saúde.
1. Exercício físico é a primeira intervenção em quadros depressivos. Então, se fosse para começar alguma coisa, eu começaria por aí. Um dos motivos dele ser o primeiro é que ele puxa os outros dois pilares: alimentação e sono.

2. No meu melhor conhecimento, não existe comida mágica, a @luciana pode me corrigir se eu estiver errado, mas não existe caminho fora do geral, (exceto em situações que existam outros fatores como: diabete, anemia etc e só o seu médico pode avaliar isso.

3. Evitar ao máximo possível Álcool e outras drogas. O consumo de álcool e drogas piora demais os quadros.

4. O recomendado é o padrão saudável: comer de forma variada, nutritiva. Evitando processados e açucares. Existem algumas indicações em evitar o consumo exagerado, repito, exagerado de carboidratos. Repito, de novo, exagerado. Mas a tomada de decisão de onde atacar, e se o consumo de carboidratos é um problema relevante para o quadro depressivo dever ser tomada juntamente com seus profissionais de saúde.

Ficar inventando intervenção pirada para resolver quadros complexos geralmente é uma ansiedade de querer resolver a coisa logo, que leva a fazer muita força desnecessária e muita frustração, levando a recaídas.
Desenvolva um plano terapêutico com seus profissionais de saúde. Converse e discuta com eles sobre o que fazer, pq fazer e qual o resultado esperado.

5. De forma geral, em um quadro clínico de depressão, o que a gente quer evitar são variações intensas de qualquer coisa. Inclusive de fome ou de excesso de comida.

Pessoas em quadros complexos tem dificuldades de compreender o que está acontecendo, e acabam confundindo passar 12h sem comer, ou o "cansaço" pós alimentação com crises, ou percepção alterada da motivação, volição.

Então desde que você esteja comendo de forma saudável e sem se botar em picos relacionados a alimentação (tanto por falta como por excesso) não tem muito mais o que fazer.
REPITO O que de fato produz milagres na saúde é comer bem de forma geral, não tem 1 alimento específico que vá mudar alguma coisa (exceto em casos específicos que só os profissionais de saúde podem avaliar).

6. Existe muito BUCHETTI sobre chá de não sei o que, alimento não sei qual, dieta XYZ. Por favor, procure profissionais de saúde que você confie e converse com eles sobre o plano terapêutico, tente seguir com eles os combinados, busque soluções e negocie o que não estiver funcionando.
Mas ficar na pira de soluções mágicas geralmente leva a recaídas por conta da frustração.
Pessoas não ficam deprimidas do dia pra noite, nem deixam de ficar do dia para noite.
Se precisar de algo chama aqui.

@Paulo que resposta espetacular
simples, direta e espetacular
admiração pelo trabalho

@picolinoBR uma coisa importante
qq coisa estamos por aqui
grita ai

@picolinoBR

eu acho que a luciana e o paulo ja responderam acima.
mas acho tambem que eh muito pessoal.

tem depressivo que nao consegue comer nada, então se coloca coisas que ele gosta para ajudar.

tem depressivo que so come e nao faz mais nada, aeh engorda, entao pode ser que tenha que ajustar a dieta.

tem gente que "trava" a comida e outros que "descontam" na comida que eh o mais facil de fazer sem levantar da cama.

enfim, converse com seu medico e veja o que ele acha disso e como se adaptaria a vc.

Só sei que café em excesso pode te atrapalhar nisso. Experiência própria. Não deixa de ser uma droga (quando tomado de forma contínua).

Sobre o item 4 que o @Paulo postou ai em cima, tem um professor canadense que levantou em um livro a hipotese de que alimentos processados/acucares intensificariam os efeitos da ansiedade e da depressao nos pacientes. Eu ja li (distimia e ansiedade aqui) e gostei bastante tanto do livro como das pesquisas que ele usa como referencias. O nome do carinha e Jason Fung (ele tem um canal no YouTube tambem) e o livro e "O Codigo da Obesidade" caso voce queira dar uma olhada.

@zinza como eu disse, no melhor do meu conhecimento, e, eu posso estar errado, existe alguma verdade nisso.

Mas para ansioso até o aumento cardíaco de uma corrida pode ser ansiogenico.

E para o depressivo, a vontade de deitar da feijoada também pode ser gatilho de uma crise.

Eu acho difícil que fenômenos complexos como esse possam se resolver assim, e muitas vezes a intervenção tem que ver um balanço de custo.

Ou seja, mesmo que isso fosse o certo cientificamente falando, algumas pessoas não teriam benefício da coisa simplesmente pela adequação comportamental.

Então, tomem decisões desse tipo juntamente com os profissionais de saúde, avaliando os custos e benefícios esperados de qualquer intervenção.