A medicina canábica tem ganhado cada vez mais força, crescido em adeptos tanto entre profissionais de saúde quanto entre pessoas que usam o medicamento (às vezes até por quem não usa). Como quase tudo na vida que faz um pouco de sucesso, em alguns casos ela é usada pelo mal. Sim, tem muito BUCHETTI quando se trata de medicina canábica.
A começar por esse nome que inventaram. Não existe medicina quimioterapica ou medicina imunossupressora. A medicina sempre parte da pessoas. Partir do tratamento para então encaixar quem precisa é um erro que nem consigo explicar nesse texto.
O medicamento não é BUCHETTIO BUCHETTI nesse caso não são os derivados do cannabis, eles funcionam quando bem indicados, eu inclusive acompanho pacientes que usam para dor crônica e obtiveram sucesso no controle. O uso de derivados de cannabis parece ter efeito para controle de dor crônica, controle de náuseas e vômitos em pacientes com câncer, melhora de sintomas de depressão, redução de espasmos em pacientes com esclerose múltipla e vários outros que continuam em estudo.
Onde está o BUCHETTIO BUCHETTI está no comportamento das pessoas sobre o cannabis. Medicina, saúde e ciência não são clube de futebol, escola de samba ou partido político. Você ou seu médico não precisam torcer por remédio.
Assim como em todo BUCHETTI em saúde, a medicina canábica tem seus líderes carismáticos e adeptos que vivem por defender o tratamento como se fosse um elixir que cura todos os males existentes. Eles também agem insinuando ausência de risco, com apelo de ser derivado de plantas e portanto é natural. Por fim, citam inimigos imaginários que “agem para impedir o avanço da medicina por que não ganham dinheiro assim.”
A consequência disso é que a medicina canábica em virado em alguns casos uma subesepecialidade dessas do tipo medicina quântica, com curso de especialização. O que não acontece pra nenhuma outra área (ou alguém já viu especialização em medicina quimioterápica?).
O que naturalmente acontece quando chega um medicamento novo é que os médicos se atualizem sobre ele e passem a utilizá-lo, como eu e outros colegas fizemos com o próprio cbd e já faziam com outras classes de medicamentos.
Além disso os pacientes pulam cada vez mais de médico em médico até achar alguém que vai prescrever a moda do momento, mesmo sem qualquer indicação, visando apenas lucro.
Não tem magiaAssim como tenho pacientes que se deram bem com o medicamento outros usaram e simplesmente não tiveram resposta. Assim, como acontece com qualquer outro tratamento existente. O que acontece é um viés de sobrevivência onde o apelo midiatico do medicamento faz com que os casos de sucesso ganhem atenção e os casos de insucesso fiquem escondidos. E claro não existe nada isento de risco boca seca, fadiga, diarreia, tontura, redução de apetite e diversos outros efeitos adversos podem acontecer. E os efeitos em longo prazo são completamente desconhecidos.
Tenha um bom médicoA mesma e velha recomendação, se você ficou sabendo do cannabis e acha que se encaixa em alguma condição sua o melhor que você faz é marcar uma consulta com seu médico de confiança para conversar sobre o assunto. E preparar seu bolso caso seja indicado porque a moda cobra seu preço e o tratamento vai sair por alguns mil reais por mês.