Indicação de Video - Há ALGO sobre a LUZ que a ciência ainda NÃO PODE explicar | Astrum Brasil
comentada em 07/07/2023 22:32

Como sabem que ela se comporta de maneira estranha quando ninguém está olhando se.. ninguém está olhando?

@Charlito

Eu não vi o vídeo, mas essa sua pergunta parece fazer referência ao efeito do observador, que tem relação com o princípio da incerteza de Heisenberg (say my name!). Pedi ao chatGPT para explicar de forma simples:

Efeito do observador:

"In quantum mechanics, particles can behave differently when they are not being observed or measured compared to when they are being observed. This idea is often referred to as the "observer effect" or the "measurement problem."

According to the Copenhagen interpretation of quantum mechanics, which is one of the widely accepted interpretations, particles exist in a superposition of states until they are measured or observed. This means that prior to measurement, a particle can exist in multiple states or locations simultaneously, represented by a wave function that describes the probabilities of different outcomes.

However, when a measurement is made, the wave function "collapses" into a specific state corresponding to the measurement result. This collapse is often seen as a sudden and discontinuous change in the particle's properties. This behavior is sometimes described using the famous thought experiment of Schrödinger's cat, where a cat in a closed box is considered to be simultaneously alive and dead until the box is opened and observed.

So, in a sense, the act of observation or measurement plays a role in determining the outcome or behavior of particles in quantum mechanics. Prior to measurement, particles can exist in a range of possibilities, but when measured, they "choose" a specific state or value.

It's important to note that the observer effect does not imply consciousness or human observation. Any interaction with the environment, including non-conscious measurements, can cause the collapse of the wave function. The concept of observation in quantum mechanics refers to any interaction that disturbs or obtains information about the particle.

The observer effect and the broader philosophical questions surrounding it remain the subject of ongoing debates and interpretations in the field of quantum mechanics."

Princípio da incerteza:

"The uncertainty principle in quantum mechanics is a fundamental principle that tells us there are limits to how precisely we can know certain pairs of properties of a particle. It states that you cannot simultaneously measure the exact position and the exact momentum of a particle with unlimited precision.

In simpler terms, imagine you're trying to measure the position of a tiny particle, like an electron. The uncertainty principle tells us that the more accurately we try to pin down its position, the less accurately we can determine its momentum (which is related to its velocity or speed). Similarly, if we try to measure its momentum very precisely, then its position becomes less certain.

This is not due to any limitations of our measurement tools, but rather it's a fundamental property of nature at the quantum level. It's not about our lack of knowledge or skill; it's about the inherent nature of particles themselves.

The uncertainty principle challenges our classical intuition because it suggests that at the quantum level, particles do not have definite properties until they are observed. They exist in a kind of fuzziness, where their properties can only be described in terms of probabilities.

The uncertainty principle has profound implications for our understanding of the microscopic world. It highlights the inherent uncertainty and probabilistic nature of quantum mechanics, and it sets fundamental limits on how precisely we can know certain properties of particles."

Estou tentando fazer analogia entre uma árvore ao vento e um momento capturado por fotografia.

A meditar, não absorvi o conceito ainda.

@Charlito

A verdade é que não existe uma visão fechada sobre o assunto. Existem certos fenômenos observados e certos modelos matemáticos coerentes com essas observações. Mas o significado desses fenômenos e desses modelos em uma teoria coesa que explique o mundo, isso está sujeito a várias interpretações.

Eu mesmo entendo muito pouco do assunto, ainda não cheguei a estudar Mecânica Quântica de uma forma acadêmica mesmo, com teoria e matemática envolvida.

O que eu sei é que existe esse fenômeno que é o efeito do observador, que consiste no seguinte. Um mesmo objeto quântico, digamos um elétron, tem comportamentos distintos de acordo com a mensuração/observação. 

É como se fosse assim, você recebe um saco de sementes, todas de uma mesma árvore. Você não sabe exatamente de qual espécie é essa árvore, mas sabe que pode ser uma laranjeira ou um limoeiro.

Você planta essas sementes e, vários anos depois, volta para conferir as árvores que nasceram. Você chega na primeira árvore e se põe a experimentar para descobrir de que espécie é. Você colhe o fruto, prova e conclui: é laranjeira.

Mas então, em outra ocasião, você volta para a árvore e pega umas folhas para fazer chá, quando então percebe que são folhas de limoeiro.

Intrigado, você resolve conferir as outras árvores. Elas estão próximas, mas a visão delas está meio borrada, você não tem certeza de onde elas estão, ora parecem estar em um canto, ora em outro.

Conforme você se aproxima de uma delas, no entanto, ela parece que vai se estabilizando, vai ficando mais paradinha no canto, até que, quando você finalmente consegue "tocar", ela fica quieta.

Então você experimenta nessa outra árvore, colhe o fruto. Mas dessa vez você resolve colher de uma forma diferente, vai usar uma máquina em vez das mãos. Colhido o fruto, você prova e descobre: é um limão. Agora está tudo certo, você sabe qual é o fruto.

Como você quer fazer um chá com limão, colhe algumas das frutas com as mãos e, resultado, na hora de espremer o suco é de laranja.

Mais intrigante ainda, você percebe que, quando você se aproxima de uma das árvores, embora a grande maioria ainda pareça borrada, móvel, como que não ficasse parada, de vez em quando uma outra árvore, diferente, também vai parando num canto.

E mais ainda, quando você interage com a árvore do seu lado, por exemplo pega uma fruta com a mão, a outra árvore parece que responde. As frutas, as folhas, etc. dela mudam para laranja ou para limão de acordo com o que você faz na árvore ao seu lado.

Intrigado com tudo isso, você anota exatamente quando esses fenômenos curiosos acontecem e de que forma. Sua esperança é descobrir algum erro na sua observação ou então que as árvores no final das contas não nasceram de sementes semelhantes. Talvez tivessem outras sementes no seu saco ou seja uma árvore silvestre, por exemplo.

Mas, por mais que você experimente e mensure, das mais variadas formas possíveis, o resultado é sempre o mesmo. São realmente as árvores que você plantou, não houve nenhuma confusão nas sementes e elas podem ser laranjeiras ou limoeiros, sendo impossível determinar de antemão qual das duas cada árvore será e uma mesma árvore ora é uma laranjeira, ora é um limoeiro.

Isso daí que eu descrevi na historinha é:

1- o efeito do observador (a árvore ora se "materializa" laranjeira, ora limoeiro, conforme a observação que você faz);

2- o princípio da incerteza (as árvores não pararem quietas a não ser quando você se aproxima delas); e

3- o entrelaçamento quântico (às vezes uma árvore na qual você experimenta/observa influencia outra lá longe, de forma que um observador lá longe que experimentasse naquela árvore chegaria à mesma conclusão que você aqui nesta outra).

Na verdade, acho que minha descrição do princípio da incerteza ficou ruim. A ideia é que você não consegue saber a posição e a velocidade da partícula ao mesmo tempo. Quando mais certeza você tem de um, mais incerteza tem da outra. E isso acontece não apenas com posição e velocidade, mas com várias outras grandezas, que se complementam.

Meu exemplo deu a entender que você sabe tanto a posição da árvore (você toca nela) quanto a velocidade (ela tá paradinha). Mas na verdade para conseguir descobrir onde a árvore tá, você precisa mexer nela de uma forma tal que não sabe mais a velocidade dela, pra onde ela vai e com que rapidez. E, do contrário, para saber para onde ela vai e com que rapidez, você precisa mensurar de uma forma tal que não sabe mais onde ela tá.

Então você não consegue tocar na árvore e saber para onde ela vai ao mesmo tempo. Quanto mais certeza você tiver de onde ela tá, menos certeza de onde ela estará, e vice-versa.

Na primeira abordagem me senti burro. Com essa explicação agora me sinto ludicamente burro.

Ainda a meditar.

@oxe pq vc virou o zangado?

@Bastter eu falei em outro tópico, esse personagem foi pra me lembrar de não reclamar durante a maratona. Como eu entro muito no site, quando eu vejo o zangado lembro que não é pra reclamar. Ou pelo menos era essa a ideia.

O que tá me quebrando é os agradecimentos no BS kkkk ainda bem que você perguntou, vou lá cadastrar.

@oxe agradeça a ele por te lembrar.

No determinismo, existia uma ilusao de que seria possivel definir coisas de forma absoluta na fisica, bastando ter instrumentos cada vez mais poderosos. 
A matematica caiu primeiro, com a incompletude. Mas nao tardou e o fantastico Heisenberg (Leiam A Parte e o Todo, é um livro de chorar) postulou o principio de que posicao e velocidade nao podem ser perfeitamente estabelecidos. É como se a incerteza fosse uma elipse de area constante. Se vc colapsar um dos eixos, o outro explode pro infinito. 

"Ah,  mas é só uma ideia maluca, impossivel de ter efeito" -- a engenaria do transistor, do circuito impresso, do computador, só é possivel de ser montada se voce acreditar no principio de incerteza de H. A dopagem do silicio cria um portao, que os eletrons só passam quando estao em um estado de energia que sua posicao "enevoa" e ultrapassa a barreira da dopagem, tornando o elemento "impuro" - silicio dopado - um supercondutor. 

SE o principio fosse invalido, o transistor nao funcionaria. E a gente estaria num mundo steampunk. 

@maxete no tempo de Babbage é que era bom.