Nascimentos na Europa
comentada em 23/06/2024 00:35

postado por @Charlito em 21/06/2024 10:33:45

postado por @BrandonLee em 21/06/2024 10:35:58

Interessante ver como o mundo vai se adaptar a esse novo normal.
Alguns países de economia mais forte estão tentando combater isso com facilidade de imigração.

postado por @oxe em 21/06/2024 11:34

A expectativa de vida na Bélgica é de aproximadamente 80 anos. Mas é um dos países com o maior índice de autoextermínio no mundo, o maior da Europa Ocidental, e a maioria das mortes para mulheres até 24 e para homens até 44 são por causas não naturais.

Em números absolutos, esses são os dados de mortalidade na Bélgica entre 2008 e 2022:


Ver mais

A população do país cresceu nos últimos anos, exclusivamente em função da imigração, pois mais pessoas morreram que nasceram. Esse balanço negativo entre nascimentos e mortes começou em 2020, devido à COVID-19, mas ainda perdura.

A Guerra na Ucrânia foi apontada pela agência de estatística da Bélgica como um fator positivo na imigração para os anos de 2022 e 2023.

postado por @SusanaTrav em 21/06/2024 12:34:19

Enquanto o custo de ter filhos tenha de ser pago maioritariamente pela mulher (com o gender pay gap e o glass ceiling, além do custo biológico), enquanto em muitos casos a reprodução esteja no caminho da sobrevivência e/ou da autodeterminação para a mulher, é muito lógico que o índice de fertilidade vai continuar caindo em países onde a mulher tem acesso à informação e à educação. (E à liberdade de escolha.)

O evento individual mais prejudicial para a saúde econômico-financeira da mulher, hoje, é ter filhos. Tem até estudos nos USA quantificando o decréscimo do salário da mulher por cada filho, enquanto o do homem tem acréscimo.

Enquanto o marco social e legal não reconheça nas leis trabalhistas e de família a contribuição econômico-produtivo das mulheres com os filhos, sem garantir a mesma qualidade de vida para a mulher que para o homem depois do divórcio/separação, enquanto a mulher precisar trabalhar mais horas não remuneradas no lar que o homem (prejudicando a carreira dela, enquanto favorecendo à dele), enquanto as leis continuem sendo feitas maioritariamente por homens... a mulher com acesso à informação vai reagir fechando a torneira.

Por exemplo: se houvesse implementada uma lei de licencia de paternidade, de duração igual à da maternidade, obrigatória, seria um bom avanço. O "risco" de tomar um empregado homem e ele virar pai seria o mesmo que o da mulher. Entendo que na Espanha já está se legislando algo assim.

Se ter filhos vira um impedimento à autodeterminação e à independência para a mulher, em especial nesses dias em que os mandados sociais mudaram bastante (ela deixou de ser condenada socialmente por dizer "não quero ter filhos", e "uma boa mulher" já não depende de "se dedicar ao marido e aos filhos"), em sistemas político/econômico/sociais que ainda não reconhecem o valor econômico/produtivo de ter filhos, nem recompensam adequadamente ao gênero que investe mais na reprodução (de novo, não só nas perdas no mercado de trabalho, que levam a perdas na autodeterminação/independência, mas além de tudo isso, é o gênero que põe literalmente o corpo)... é claro para onde vão os incentivos.

Se a coisa não mudar, muito provavelmente os filhos vão ser gerados, maioritariamente, pelas mulheres mais pobres e as imigrantes.

Além disso, me pergunto se a desigualdade de gênero não é um dos maiores fatores na menor geração de relacionamentos de longo prazo, pela oposição que produz entre os gêneros.
Mas entendo que termos RLP é um fator protetor contra a depressão.

Será que vamos para populações cada vez menores, mais idosas, mais solitárias e deprimidas?

postado por @ProsperidadeSempre em 21/06/2024 18:32

E com isso a Europa Ocidental vai perdendo sua cultura, pois as pessoas só pensam nos próprios prazeres e não querem abrir mão de nada

É só viajar, curtir e etc...responsabilidade e abdicação saíram de moda