Ah, mas ta cara!
comentada em 08/03/2025 12:59

Tacaronildos é nova rsrs

Vai ser muita sabugada.

Esse é um tema interessante, que exige alguma atenção do investidor para não quebrar a cara, especialmente quando ocorre a contração de múltiplos.

O P/L traz essencialmente a expectativa de crescimento que o mercado tem sobre os lucros da empresa, nas empresas com P/L abaixo de 12 a 15 normalmente a expectativa é baixa ou nenhuma a depender dos juros, acima de 20 é alta.

A Raia e a Weg são monstros que entregaram crescimento acima das expectativas que já eram altas. Empresas incríveis.

AmBev na época não conseguiu entregar crescimento, sendo também outra com grande expectativa e seus múltiplos contraíram anulando crescimento de lucro, receita etc. Era precificada como empresa de crescimento e não empresa madura. Daí a necessidade de diversificação.

Mille já fez chat falando sobre isso, só não perguntem qual.

Uma lição importante que o P/L traz é nunca fazer lump sum(compra rum monte de uma vez) em empresa de P/L alto, aliás a maioria não deveria fazer em empresa nenhuma, vide a Microsoft e a Coca em 2000,  foram duas empresas com resultados incríveis, mas quem montou a posição em 2000 com PL de 60 e 45 ficou com resultado 0 até 2013 e 2019 respectivamente.

Quem foi comprando um pouco todo mês fazendo dollar cost average da maneira que é dita aqui no site teve um excelente retorno, bastante expressivo.

Para seguir comprando é preciso que o foco do investidor esteja nos resultados: lucro e geração de caixa ao invés de olhar a cotação, porque quando vem a contração de múltiplos rápida, como na Microsoft pós bolha.com as pessoas tendem a achar que a empresa tem um problema e parar de comprar ou até mesmo vender em desespero.

O investidor mais prudente e diligente fica tranquilo, pq viu os lucros subindo, a adesão ao office e windows aumentando etc.

O mais importante é o investidor saber que o PL muito alto tem embutido expectativas muito altas.

Do mesmo modo o PL muito baixo indica a falta de expectativas, ou seja P/L alto terá mais risco, todas as demais condições constantes, justamente por se esperar um retorno maior.

Também tem os casos de P/L alto porque a empresa fez muitos M&As ( fusões e aquisições) e a sua conta de depreciação e amortização está alta, acima da necessidade de Capex de manutenção. Aí o lucro é impreciso, sendo o lucro "verdadeiro" maior. A Raia teve muito isso, a Fleury passa por isso também.

Por fim é importante lembrar que ninguém no mercado consegue prever o futuro, de modo que não há garantias que terá maior retorno comprando a empresa de P/L baixo ou alto.

Tema para live que vem de dentro ....

tá balatoDogeOfWallStreetOrigem do Selo2 posts

postado por @fernando em 08/03/2025 10:27


Do mesmo modo o PL muito baixo indica a falta de expectativas, ou seja P/L alto terá mais risco, todas as demais condições constantes, justamente por se esperar um retorno maior.

Discordo disso Fernando, entendo que o risco está associado a imprevisibilidade e não a expectativa.

Por exemplo, uma empresa cíclica com menor P/L que a WEG tem (pode ter) risco bem maior por causa dessa imprevisibilidade de resultados.

O maior P/L pode simplesmente explicar que os investidores estão dispostos a pagar mais por um mesmo resultado, justamente pela maior confiança e previsibilidade.

postado por @manguito em 08/03/2025 11:10



Discordo disso Fernando, entendo que o risco está associado a imprevisibilidade e não a expectativa.

Por exemplo, uma empresa cíclica com menor P/L que a WEG tem (pode ter) risco bem maior por causa dessa imprevisibilidade de resultados.

O maior P/L pode simplesmente explicar que os investidores estão dispostos a pagar mais por um mesmo resultado, justamente pela maior confiança e previsibilidade.

Aqui está a falando de risco de contração de múltiplos e não risco sentido amplo.

Por isso destaquei: todas as demais condições constantes. Ou seja em tese, duas empresas iguais.

Óbvio que a Oi de P/L baixo será mais arriscada que a WEG de P/l alto.

Se fosse simples assim era só comprar as empresas com menor P/L e teríamos a carteira mais segura do mercado. Não funciona assim, é impossível simplificar tanto.

E de fato, nas cíclicas essa lógica de P/L convencional não serve. Teria de usar Shiller P/E ratio ou P/L cíclico. Aí volta a se aplicar a mesma lógica.

@fernando Obrigado pela aula!