Moro do Rio Grande do Sul. Ontem à noite estávamos com sensação térmica de 4 graus. Muito frio! Eu, minha esposa e filho resolvemos comer hambúrguer (minha esposa está gravida e deu desejo). Prontamente pedimos pelo aplicativo que todo mundo conhece. Algum tempo depois minha esposa grita da sala, "o entregador está vindo de bicicleta". Ficamos incrédulos, não era possível, devia ser algum engano, pois além do fato de estar muito frio, do restaurante que pedimos o lanche até nossa casa, era realmente muito longe.
O interfone toca, olho pela janela, um rapaz de não mais de de 25 anos está de bicicleta. Vou até o portão, o entregador me parecia ainda mal agasalhado, apenas com um casaco. Falei, "não acredito que tu fez essa entrega de bicicleta". "Já estou acostumado, e eu não acho assim tão longe, o problema maior é o frio" respondeu o rapaz de maneira simpática. Na minha carteira eu tinha algumas notas de 2 reais e 1 nota de cinquenta reais. Pensei na hora, a quanto tempo esse dinheiro está aqui? Eu preciso desse dinheiro? Dei pra ele uma nota de 50 reais. O rapaz obviamente ficou muito feliz, e não parou de agradecer.
Eu aprendi no Bode do Bastter que o dinheiro multiplica quando a gente doa pra quem precisa. Para mim 50 reais não é muito, para o rapaz da bicicleta é bastante! Se ele estava fazendo entrega de comida às 8 da noite, com 4 graus de temperatura, ele não estava fazendo por gostar, mas sim porque precisa.
Essa foi uma das coisas mais legais que assimilei por causa do Bode. Então se você pode ajudar, ajude ou
se você faz Bode, faça bode. Com esses pequenos atos que não nos custam tanto assim, a gente faz do mundo um lugar um pouco melhor

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