Data original: 24/10/2019
Olá
Gostaria de saber a opinião dos colegas quanto a esse assunto.
Sempre considerei FIIs uma boa classe de ativo para carteiras previdenciárias (geradoras de renda passiva), por serem obrigados a distribuir 95% do resultado, pela distribuição de frequência mensal e pelo lastro da fonte de renda com contratos imobiliários.
Embora imóveis não tenham a melhor das rentabilidades, ela costuma ser estável e, principalmente, os contratos tendem a ser reajustados por algum índice, mantendo poder real de compra (pra quem acredita na fidedignidade do índice).
Olhando os fundos de mais alta qualidade, multi multi de boa gestão (Ex, HGLG, HGRE, KNRI, etc) entretanto, vemos que o dividendo pago por cota na verdade caiu ao longo do tempo. HGLG por exemplo pagava em média 0,87 por cota em 2012, e no último ano pagou em média 0,75 por cota). Quem manteve as cotas hoje recebe por mês menos por elas que há 7 anos.
Não vou entrar no mérito da valorização das cotas em si, já que o foco aqui é renda passiva e não trades com FIIS. Considerei que, dado que a vacância não mudou muito no período, duas possíveis causas podem ser aventadas:
- Subscrições com alocações ruins, em menor caprate que o fundo já possuía e com consequente destruição da capacidade de gerar valor;
- Revisionais de contratos baixando muito o valor de aluguel.
Em comparação, o LPA de ações tradicionalmente pagadores de dividendos (Itaú por exemplo) aumenta quase em linha.
Aqui vem a questão. FIIs são realmente bons ativos para carteira previdenciária ou apenas apelam ao tradicional apego do brasileiro por imóveis, mas na verdade são muito piores pra essa função que boas ações pagadores de dividendos ?
Abraço.