É interessante como todos temos nossas preferências. Cores, sabores, times de futebol e até mesmo quem divide uma cama com a gente. Isso é natural e humano.
Porém, eu passei muito tempo levando isso para o campo dos investimentos. Se é que pode ser chamado de investidor quem escolhe ativos pela preferência ou pela "cara" da empresa, sem analisar seus fundamentos e a viabilidade de sucesso do aporte. Confesso que perdi outro tanto de tempo brigando vaziamente contra isso.
Antes de desenvolver meu método de investimento, que eu apelidei e BBGTF (Bastter-Bazin-Graham-Torp-Faustão) eu confiava mais com a sorte do que com a estatística para minhas apostas sardinhísticas, o que levou me levou a montar uma coleção de ferros.
Assim, se por um lado não podemos contar exclusivamente com a sorte, por outro, não podemos negar que no final toda matemática se converte em comportamento humano e isso nos conduz mais para a teoria do caos do que da lógica cartesiana. Precisamos lembrar que as empresas não são apenas seres inanimados com um CNPJ, em última análise, são a expressão de decisões humanas e essas escolhas feitas em nome da empresa, conforme a repercursão que tem nas vidas que o negócio pretende atingir, irá gerar o lucro que deejamos ou o prejuízo que arrepia o pelo dos investidores.
Por isso (também) nenhuma ferramenta de análise e predição funciona perfeitamente: precisa combinar com os russos, ou, melhor adaptando a famosa frase do Garrincha, precisa combinar com os outros investidores, os gestores da empresa e os seus consumidores.
Confesso que tem empresas e setores que eu sou apaixonado. Algumas me dão um aperto no coração por terem ido a galope pelo caminho da bancarrota, mesmo sem ter nem um mísero centavo investido. Mas, no final, o mercado financeiro é como um grande prostíbulo: é preciso ter claro os objetivos e tomar as devidas medidas de proteção para que nas trocas não acabar apenas financiando o dono do cabaré ou ficar com a doença alheia.
Para tanto, é imprecindível gerenciar as emoções. Assim, compartilho com os amigos um artigo que achei interessante sobre os aspectos emocionais da decisão humana através da abordagem centrada na pessoa.
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