Salve amigos!
Sei que de nada interessa aos senhores minha saga com bancos, mas acredito que, senão para demonstrar os problemas que estamos sujeitos junto às instituições bancárias, creio que poderá servir ao entretenimento de alguns.
Recentemente tive um problema com meu cartão de crédito em razão de uma falha no aplicativo do banco, que passou a considerar meu “limite disponível” como se fosse uma “compra em processamento”. Por esse motivo, não consegui usar o cartão, mesmo possuindo 1/3 do limite ainda disponível. Ao tentar contato com o banco (laranjinha digital) tive uma experiência ruim de atendimento após a outra. O chat robotizado não apresentava opções úteis, os atendentes não entendiam (ou fingiam não entender) o que se passava, alguns desligavam em minha cara, e nem mesmo minha gerente quis falar comigo. Assim, o banco (laranjinha digital) do qual sou cliente do segmento Black, em que estavam concentrados cerca de 80% de meus investimentos e que possuía excelente relacionamento, simplesmente decidiu que não valia a pena me atender com o mínimo de consideração pelo meu problema. Me pareceu que a única solução seria migrar todos os meus investimentos para outro banco do qual também possuía conta (bancão laranjão). Inevitável lembrar de todas as vezes que ouvi o Bastter dizendo que deveríamos usar bancão, e não banquinho.
Comecei então a migrar meus investimentos, saldo bancário, etc. Ocorre que me deparei com a seguinte situação: meu cartão estava vencido, e minha conta era um segmento que não mais existia (aquelas gratuitas que não te permitem fazer nada). Conversei com minha gerente e a solução apresentada foi super simples: migre de seguimento. Ela me sugeriu migrar para o seguimento intermediário (“classe única”) até que tudo estivesse resolvido, quando ela faria a migração para o seguimento mais apropriado ao meu perfil (“Personalidade”).
Acompanhando o envio do meu novo cartão de débito, verifiquei que ele estava sendo enviado para um endereço que desconheço totalmente. Consultas pela internet confirmaram que sequer havia agência bancária no endereço de envio. Questionei a gerente e ela me disse que após a tentativa de entrega resultasse frustrada, ela solicitaria a atualização do endereço. Contudo, como ainda estava sem cartão de crédito, pensei em realizar a solicitação de um novo cartão (dessa vez de crédito) para poder utilizar ao menos o cartão virtual. A solicitação foi bem tranquila, apesar das péssimas opções, e o endereço de envio foi o correto. Porém, não pude habilitar o cartão virtual como havia imaginado. Paciência.
Ao receber meu cartão de crédito, entrei em contato com minha gerente para ter notícias do meu cartão de débito enviado ao endereço errado, e ela disse que não poderia solicitar outro antes de 15 dias. Ao tentar utilizar meu novo cartão de crédito chulé, não consegui pois a senha que o banco enviou não funcionava: alegria! Em contato novamente com a gerente, ela me sugeriu cancelar o cartão, que ela iria solicitar um cartão “Bléqui”. Fiz isso. No dia seguinte, recebo notícias dela dizendo eu não conseguia gerar o novo cartão para mim, pois eu não tinha mais “crédito disponível” no banco. Isso mesmo, o banco que tinha agora quase todos os meus investimentos, não conseguia me “dar crédito”.
Não confiando nas informações recebidas, e querendo não acreditar na incompetência gigantesca da gerente, fui em outra agência solicitar a migração da conta. Recebi a informação de que precisava do cartão de débito para fazer isso. É claro que questionei isso. Como eu pessoalmente não conseguiria fazer algo? Se outra pessoa com meu cartão e senha conseguiria fazer algo que eu pessoalmente não conseguiria! Regras do bancão. Expliquei toda a novela, e ela pediu para aguardar o novo cartão de débito para poder realizar a troca da agência.
Passado o prazo maluco inventado pela gerente, pedi que ela solicitasse novo cartão, e que o enviasse para minha residência, cujo endereço estava devidamente atualizado. No dia seguinte, ao olhar o aplicativo do banco, verifiquei que o cartão estava sendo enviado ao mesmo endereço maluco que o primeiro. Assim minha paciência se esgotou e tive a brilhante ideia de abrir uma nova conta em outra agência, e depois de transferir tudo de uma conta para a outra, cancelar a conta antiga.
Na nova agência, expliquei toda a saga para a nova gerente, que se mostrou extremamente chocada com o ocorrido e se prestou a dedicar o melhor atendimento possível de modo a limpar a imagem do banco. Foi quando pensei: até que enfim meu sofrimento acabou!
Conta nova aberta com sucesso, verifiquei que meu novo cartão de débito foi enviado ao endereço correto, então agora só restava fazer os “testes” para ver se tudo estava funcionando corretamente. Fiz um pix da conta antiga par a nova, e tudo ok. Fui na área “meus investimentos” e ela estava vazia. Voltei na conta antiga, e estava tudo lá. Entrei em contato com minha nova gerente e ela me disse que eu deveria resgatar todos os investimentos, vender as ações, e transferir os valores par a nova conta, e investir tudo de novo (olha o giro aí gente! E tem maluco que ainda duvida que o mercado quer que você fique girando investimento). Eu questionei ela, dizendo que isso não fazia o menor sentido. Que os investimentos são registrados no CPF e na instituição financeira.... não tem relação nenhuma com a conta corrente de origem dos recursos. Mas ela disse que “era assim e pronto”. Inclusive disse que minhas ações (RADL e WEGE) eram péssimas, e eu deveria utilizar o serviço dos analistas do banco para aprender a investir. Aquela gerente amável e prestativa que me queria como cliente, desapareceu.
Resumindo:
Essa história de “prefira bancão” é uma verdadeira BUCHETTI! Os bancos (todos!) estão se lixando para você. Eles só querem que você contrate seus serviços, mesmo que isso te ferre, e só te tratam bem até você virar cliente, ou quando querem vender algo. Quando é para resolver problema, nenhum deles presta.
Aos funcionários de algum desses bancos, ou aos que amam serem feitos de trouxa, podem dar voadoras a vontade.