Não é novidade pra muita gente que existe uma relação inversa entre taxa de juros e o preço do título. Taxa sobe, preço cai e vice-versa. Quanto mais longo um título, quanto maior for sua maturidade, mais sensível (volatilidade) ele será à variação na taxa de juros. Quanto mais curto, menos volátil.

Por exemplo, um título hipotético com valor de emissão de R$ 1.000,00 remunera 8%a.a. Quando a taxa sobe de 8% para 10%, aquele com vencimento de 5 anos sofre um deságio no preço na ordem de -7,58%, enquanto que no de 15 anos o deságio é de -15,21%. Embora o preço base seja o mesmo, como o vencimento é mais longo, o deságio dobra. Até aqui é chover no molhado (Se por acaso você não sabia, agora sabe).

O que eu achei legal é que há uma convexidade aí:
observei que quando a taxa de juros CAI, a valorização é MAIOR que a desvalorização quando ela aumenta na mesma proporção. E conforme podemos ver,
quanto mais longo o título, mais convexo ele se torna (
spread aumentando 0,2... 0,6 ... 1,0 ...)

Lembrando que renda fixa é:- preferencialmente tesouro direto- o mais longo possível- carregar até o vencimentoO que foi falado não afeta em nada esse mantra, flutuação na taxa de juros não afeta em nada quem simplesmente senta no título e deixa marcar na curva até o vencimento. Nada mudou.
O ponto do estudo foi apenas esbarrar nessa constatação:
"quando a taxa de juros cai, a valorização do título é MAIOR que sua desvalorização quando ela aumenta na mesma proporção, e esse efeito só aumenta quanto mais longo for título".
Na pior das hipóteses, uma curiosidade, na melhor delas, um pontinho a mais para a tese de comprar investimentos o mais longo possíveis, pois embora mais voláteis, são mais convexos à variação dos juros (quem sabe um hedge natural).