Hoje, sinto a necessidade de desabafar. Há dez anos, minha esposa sofreu um ataque cardíaco, em 2015. Desde então, estamos em uma luta constante. Ela tem um histórico familiar de problemas cardíacos, e por questões genéticas, foi diagnosticada com cardiomiopatia dilatada.
Durante esse período, tive vários momentos de desespero, tentando estudar e descobrir alternativas que pudessem, ao menos, manter a qualidade de vida dela. Uma pessoa cheia de vida, que praticava esportes a vida inteira, principalmente ciclismo, e que aos poucos foi tendo de abandonar devido aos sintomas. No entanto, nunca encontrei nada que pudesse nos dar um norte sem riscos.
Hoje, exatamente dez anos depois, recebemos o diagnóstico que mais temíamos: não há mais recursos cirúrgicos ou medicamentosos disponíveis para uma FE 18% um ser humano normal é da ordem acima de 50%. A única opção restante é se planejar(se é que existe algum plano para isto) para um transplante.
Agora, um misto de sensações paira no ar sobre a decisão que ela certamente terá que tomar. Eu preciso ser forte não é fácil. O agravante é que ela participa de inúmeros fóruns, onde encontra as mais variadas histórias e depoimentos de sucesso e fracasso.
Essa é a vida. Deus está no comando!